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A (Falta de) Ética da Cópia II

Segunda-feira, 30 de janeiro de 2006

Universidade em tempos de plágio


Bruno Garschagen

 
29.01.2006 |  Plagiar nunca foi tão fácil e freqüente nas universidades brasileiras, principalmente depois da popularização da internet. Os professores universitários são obrigados a duvidar de todos os trabalhos entregues pelos alunos. “O plágio nas universidades se tornou uma pandemia”, lamenta Lécio Augusto Ramos, professor de metodologia da pesquisa do curso de Comunicação Social da Universidade Estácio de Sá e orientador de trabalho de conclusão de curso da cadeira de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Segundo ele, há um grande processo intenso de apropriação indevida de frases, parágrafos e até trabalhos inteiros nos cursos de graduação e pós. Embora exista uma legislação especifica sobre direitos autorais e o Código Penal estabeleça punições, a cópia se torna cada dia mais comum entre os estudantes. “O plágio intelectual é indefensável e está presente em todos os níveis, do jornalismo à academia”, ressalta Lécio.

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) a cópia também tem sido detectada de forma freqüente. Ana de Alencar, professora de Teoria Literária da Faculdade de Letras da UFRJ, conta que o tema se tornou recorrente nas conversas entre os professores, que aplicam nota zero quando identificam o furto teórico. Ana, no entanto, não dramatiza a questão. Acha que o desenvolvimento tecnológico provocou uma revisão do debate sobre direitos autorais. Mesmo assim, considera o plágio inaceitável.

Ruim como certos chopes

Rosa Benevento, coordenadora do departamento de Comunicação Social da UFF, que engloba os cursos de jornalismo, publicidade e cinema, revela que, tão grave quanto o plágio, foi descobrir que a cópia, em muitos casos, não ocorre exatamente por má-fé, mas porque o aluno aprendeu a plagiar no ensino médio: “Isso me alertou para o tipo de ensino de pesquisa e elaboração de trabalho que esses alunos estão aprendendo antes de chegar à faculdade. Isso é muito preocupante”, avalia.

Rosa conta que a identificação cada vez mais regular de trabalhos com plágios obrigou a faculdade a realizar palestras de orientação sobre o assunto. “A idéia é mostrar para eles que o mais importante é criar e não copiar”. Para os alunos, copiar é preciso. Exercitar o intelecto, nem tanto.

Seja por desconhecimento ou má-fé, o fato é que nunca se viram na história do ensino brasileiro tantos plágios identificados, segundo os professores entrevistados. A maioria dos alunos ignora ou finge não saber que a cópia sem citação da fonte tem conseqüências jurídicas nas esferas civil e penal.

O advogado Rodrigo Borges Carneiro, especialista em direitos autorais e propriedade intelectual, diz que o plágio configura o crime de violação dos direitos do autor, tipificado no artigo 184 do Código Penal. O plagiário pode ser condenado a pena de detenção de três meses a um ano, ou multa. Caso a violação consista “em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, (…) sem autorização expressa do autor, (…) ou de quem os represente”, a pena será de “dois a quatro anos de reclusão, e multa”.

A lei de direitos autorais (9.610/1998), que regula a matéria, estabelece que “ninguém pode reproduzir obra que não pertença ao domínio público, a pretexto de anotá-la, comentá-la ou melhorá-la, sem permissão do autor” (artigo 33). O artigo 7 da lei define as obras intelectuais protegidas pela lei (os textos de obras literárias, artísticas ou científicas, obras dramáticas, composições musicais etc.) e o artigo 22 diz que os direitos morais e patrimoniais sobre a obra criada pertencem ao autor. É óbvio, mas é a lei, que, não raro, é óbvia.

Direito autoral, na definição de Henrique Gandelman no livro “O que você precisa saber sobre direitos autorais”, “é a proteção jurídica das formas de expressão originais e criativas, tanto de idéias como de conhecimento e sentimentos humanos”. Mais claro do que isso, só chope de má qualidade servido em certos barzinhos da predileção dos universitários.

O uísque como padrão

No Brasil, os direitos do autor foram reconhecidos legalmente pela primeira vez em 1891, com a primeira constituição republicana. A matéria passou a ser regida pelo Código Civil a partir de 1917, mas em 1973 entrou em vigor uma lei específica (lei 5.988). Atualmente, como já dito, os direitos autorais são regulados pela lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Além das normas internas, o país aderiu a cinco tratados internacionais que protegem a propriedade intelectual: Convenção de Berna; Convenção Universal; Convenção de Genebra; e Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio (TRIPs).

O conceito de copyright, porém, é bem mais velho. Surgiu na Inglaterra mais de um século antes da inserção da matéria na constituição brasileira. Foi durante o reinado da rainha Ana, mais precisamente em 1709, que se elaborou o Copyright Act, segundo Gandelman em seu livro sobre direitos autorais.

A coroa passou a proteger por 21 anos, idade de um uísque de ótima qualidade, as cópias impressas de determinadas obras registradas formalmente. As obras não impressas eram protegidas durante 14 anos, pouco mais do que o padrão de um scotch mais do que razoável. Até então, sob a vigência do Licensing Act, de 1662, só os editores comiam o pirão. Os autores chupavam dedo.

Na França, os autores conseguiram fazer valer seus direitos no final do século XVIII. A Revolução Francesa em 1789, que, além das decapitações, teve na defesa dos direitos individuais uma de suas marcas mais significativas, foi o estopim para que o conceito do copyright inglês fosse incorporado à legislação do país de Rabelais.

De lá para cá, a legislação foi se aperfeiçoando no mundo ocidental. E, em 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU), na assembléia geral realizada em 10 de dezembro, inseriu na Declaração Universal dos Direitos Humanos que todo homem tem “direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção literária, artística ou científica de qual seja o autor” (artigo 27, parágrafo 2).

Aranhas em teia alheia

Desde a popularização da internet, o uso muitas vezes indiscriminado do conteúdo disponível na rede gera debates intermináveis sobre a propriedade intelectual e sua proteção legal. Estabeleceu-se a confusão (para alguns, uma certeza inabalável) de que os textos disponíveis para leitura e consulta pudem ser reproduzidos ad nauseam sem ao menos um pedido de permissão por e-mail – que dirá remuneração. Quem escreve sabe que, na world wide web, as aranhas se incumbem de espalhar a teia alheia.

E se os internautas estão se criando e sendo criados sob a mentalidade do desrespeito com a proteína mental alheia, alguns intelectuais referendam a velhacaria e estimulam o crime.

Pierre Lévy, popstar do pensamento sobre o mundo digital, teve a desfaçatez de escrever no seu livro “O que é virtual” que a “distinção do original e da cópia há muito perdeu qualquer pertinência” na internet. Ele acha que “não há mais um texto, discernível e individualizável, mas apenas texto, assim como não há uma água e uma areia, mas água e areia”.

Se o pecado fosse apenas a obviedade, tudo estaria resolvido. Mas o problema é de outra ordem. E muito mais grave. Lévy quer vender a idéia abjeta de que no espaço virtual não cabe falar em originalidade e autoria. O texto, como obra individual, se perderia num imenso sopão de letrinhas. Assim, não haveria razões para se estabelecer critérios de qualidade. Qualquer viúva de Bukowski seria colocada na altura de Philip Roth, para ficarmos em autores contemporâneos.

Lécio Ramos, professor da Universidade Estácio de Sá, atribui a quatro fatores o crescimento do plágio intelectual:

1- A deformação na formação educacional e intelectual de alunos, professores e demais profissionais da área;

2- A diluição ética do que é e do que não é lícito fazer;

3- A facilidade trazida pela internet, que coloca à disposição, em escala geométrica, muitos textos para quem quiser copiar;

4- A falta de tempo e pressão para produzir trabalhos.

Amigo e alcagüete

D.G, aluno de direito na UniverCidade no Rio de Janeiro, diz que 90% dos trabalhos que entregou na faculdade são plagiados de textos disponíveis na internet. O acadêmico revela que copia pela praticidade, agilidade e certeza de que assim terá um trabalho de melhor qualidade do que se fizesse por conta própria.

E sobre o aspecto ético e legal, tão caros ao direito? “Na verdade, nunca parei para pensar nisso. Quase todos os meus colegas na faculdade também copiam da internet ou copiam trabalhos que foram feitos assim”, diz D.G. “Mas sei que o maior prejudicado serei eu mesmo.”

O plágio se tornou um problema tão sério que os professores universitários ouvidos por NoMínimo defendem a adoção imediata de um trabalho pedagógico de conscientização e o ensino mais eficaz de como pesquisar e usar as fontes de informação. Ana Alencar, da UFRJ, acha fundamental seduzir o aluno despertando-lhe o interesse pelo desenvolvimento intelectual. E ela não propôs chopada nem churrasco, mas aulas dinâmicas.

Rosa Benevento, da UFF, diz que os professores podem coibir o plágio acompanhando o desenvolvimento do aluno. “Conhecendo o aluno, é possível perceber imediatamente se o trabalho que ele produziu está de acordo com sua formação e rendimento.”

Lécio Ramos, da Estácio de Sá, acha que esse é um dos caminhos, mas lembra aos professores que consultar um programa de metabusca também é importante para verificar a origem da cópia. Na maioria das vezes, o Google denuncia imediatamente a fonte do furto intelectual. O programa criado por Sergey Brin e Larry Page é, ao mesmo tempo, grande amigo dos plagiários e o mais eficiente alcagüete dos jovens criminosos.

Por tão suspeito quanto o mordomo

Há três tipos muito comuns de plágio, segundo o professor da Estácio de Sá:

plágio integral – a transcrição sem citação da fonte de um texto completo;

plágio parcial – cópia de algumas frases ou parágrafos de diversas fontes diferentes, para dificultar a identificação;

plágio conceitual – apropriação de um ou vários conceitos, ou de uma teoria, que o aluno apresenta como se fosse seu.

Muitos alunos, para engabelar os professores, deixam para entregar os trabalhos no fim do prazo na esperança de que o acúmulo de textos para corrigir impeça a descoberta do plágio.

Uma dica para não copiar por erro ou ignorância (excluindo a má-fé) é seguir as recomendações de Umberto Eco no livro “Como se faz uma tese em ciências humanas”. O professor italiano cita exemplos bastante claros de uma “paráfrase honesta”, “uma falsa paráfrase” e uma “paráfrase textual que evite o plágio”. Ali está o caminho das pedras.

O plágio ampliou as responsabilidades do professor, que, pela regularidade com que encontra trechos copiados, opta por aplicar uma nota zero ou solicitar ao aluno que refaça corretamente o trabalho. Alguns são diretamente encaminhados ao departamento responsável para as devidas punições, que começam com uma advertência e podem culminar na expulsão da universidade.

E se engana quem acha que só os alunos se valem do plágio. “Tivemos casos aqui até de professores plagiando trabalhos de outros professores”, revela Rosa Benevento, da UFF. Um dos casos mais notórios, que não envolve internet, foi apontado pelo diplomata José Guilherme Merquior, intelectual de primeira e uma espécie de pitbull das polêmicas. Num texto para a “Folha de S. Paulo” em julho de 1989, Merquior revelou a “desatenção” da professora de filosofia Marilena Chauí ao inserir vários parágrafos do pensador francês Claude Lefort, sem citar a fonte, no seu livro “Cultura e democracia”.

O filósofo Roberto Romano, num texto para o “Correio Popular” de setembro de 2005, lembra que “movido pela piedade e diante dos lamentos dramáticos por ela encenados”, tentou defendê-la. E levou “merecidas pauladas de Merquior”. Romano revela que um figurão “importantíssimo no Panteão da esquerda”, único a não se sentir indignado com Merquior, “disse clara e distintamente:Ela colou”. Lefort, professor e amigo de Marilena, tentou publicamente salvar a aluna da acusação, mas Merquior não havia deixado abertura para refutações.

Nenhuma instituição está salva do plágio e os alunos passaram a ser tão suspeitos quanto o mordomo dos romances policiais. E, se a cara de pau dos plagiários não tem nada de virtual, a velha assassinada não é mais uma vovozinha rica, mas o presente e o futuro intelectual de uma nação.
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Categorias:Pense Direito

Relógios Podem Dar Bug

Segunda-feira, 30 de janeiro de 2006

Rádio Relógio informa

 
27.01.2006 | Em 1940, físicos perceberam que podiam medir o tempo usando o passo de vibração de átomos. Estas vibrações nunca variam então são pêndulos perfeitos. […] em 1967, declararam que a unidade básica de tempo seria o segundo, definido como a duração de 9.192.631.770 ciclos de um átomo do isótopo césio 133.

Mas os relógios atômicos não são padrão – a maioria dos países usam a hora astronômica tal qual definida no Observatório de Greenwich, Inglaterra. O problema é que os métodos astronômicos não são perfeitos e como o padrão da União Internacional de Telecomunicações é de que a hora atômica e a de Greenwich não pode jamais ser diferente por mais que 0,9 segundo, vez por outra os relógios atômicos param um segundo.

Cientistas norte-americanos temem uma catástrofe. Os relógios internos de computadores rodam hoje uma miríade de aspectos do cotidiano e não são preparados para ficar incluindo segundos constantemente. Ao longo do tempo, alguns dizem, este constante mexer nos relógios internos poderia causar um cenário como o do bug do milênio, com crashes de computadores regulando vôo, sinais de trânsito, fluxo de eletricidade, sistemas de manutenção de vida em hospitais, até redes de telefonia celular.

Mas há quem discorde, é claro. A briga entre astrônomos e proponentes da hora atômica perfeita ainda vai durar muito. via Boing boing [ 27 comentários]

Cuidado com E-mails!!!

 Sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

Por um clicar de mouse

26.01.2006 | O pobre Robert Imlah. Tem 25 anos, disposição, um trabalho bacana como analista do JP Morgan e, bem, ao repassar para todos no escritório uma piada, esqueceu de apagar do email sua discussão anterior com dois colegas.

Aquilo que tinha feito com certa moça na noite anterior. Aquilo que faria com certa outra moça naquela noite.

O email primeiro fez a volta a Londres. Aí ao mundo. Imlah está suspenso do banco, parece que será demitido por demonstrar preconceito relativo às moças em geral.

Um encaminhar de email errado, pois é. O pior dos pesadelos. [ 14 comentários]

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Globo Falseia

ORGANIZAÇÕES GLOBO
Discurso nacionalista, negócios nem tanto

Gustavo Gindre (*)

No auge da sua crise de endividamento, as Organizações Globo começaram uma série de iniciativas visando transformar sua imagem. Foram debates, seminários, anúncios comerciais e muitas declarações a imprensa para provar que, especialmente a sua TV, é a quintessência da cultura nacional e guardiã da língua portuguesa.

A estratégia ofensiva-defensiva visava neutralizar as críticas que poderiam surgir a um eventual empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) feito em condições bastante vantajosas.

A operação bancária não foi realizada (por motivos que não cabem aqui detalhar), mas o discurso se manteve, incluindo, agora, a mitificação da imagem de Roberto Marinho e a reconstrução da história do jornalismo televisivo da Rede Globo.

Tudo isso visava preparar o ambiente para que a Globo pudesse abandonar sua estratégia malfadada de dominar as estruturas de produção e transmissão de informações, para se concentrar na produção de conteúdo.

Em outras palavras, o discurso nacionalista surgia justamente no momento em que a Globo vendia boa parte do seu capital para grandes grupos estrangeiros.

E a lei?

A Lei da TV a Cabo (nº 8977/95) determina um limite de 49% para a participação do capital estrangeiro nas operadoras de cabo (aquelas que detêm a rede física de transmissão). Ocorre que Globo negociou a venda da NET Serviços (a operadora do grupo) para a Telmex, de propriedade do homem mais rico da América Latina, o mexicano Carlos Slim Helu.

Helu é dono, no Brasil, da empresa de telefonia celular Claro, da Embratel e da antiga AT&T Latin America. Faltava, contudo, uma rede de cabos que pudesse chegar à casa dos potenciais clientes a fim de oferecer telefonia fixa e internet banda larga. Sem isso, a Embratel ficava por demais vulnerável ao ataque das outras teles fixas (Telemar, Telefônica e Brasil Telecom).

A NET Serviços se encaixava como uma luva na estratégia do grupo mexicano, mas a proposta do senador Ney Suassuna (PMDB-PB) de retirar qualquer limite ao capital estrangeiro nas empresas de TV a cabo (igualando-as às teles fixas e celulares e às empresas de TV por assinatura via microondas e satélite) ainda tramita no Congresso e não há prazo para a sua aprovação.

Sendo assim, era necessário buscar algum "contorno" para permitir que a Telmex pudesse assumir o controle da NET Serviços, a despeito do que diz a Lei da TV a Cabo.

Para superar os "limites" da legislação foram contratados os mesmos advogados (Barbosa Müssnich e Sérgio Bermudes) que assessoraram o Banco Opportunity na compra da Brasil Telecom, que terminou retirando da direção da empresa os sócios Itália Telecom e fundos de pensão das estatais. O processo se transformou na maior batalha jurídica dos últimos anos.

Foi, então, criada uma empresa, denominada GB Empreendimentos e Participações (CNPJ 04.527.900/0001-42), que passou a deter 51% das ações ordinárias (com direito a voto) da NET Serviços.

A Telmex terá 37,5% das ações ordinárias da NET Serviços. Portanto, menos que os 49% determinados pela lei. Os restantes 11,5% estarão pulverizados no mercado acionário. Pelo menos por enquanto. Assim, a GB será a nova sócia majoritária da NET Serviços. Mas, quem é a GB?

Dos 51% das ações da GB na NET Serviços, 51% estarão com a Globo e 49% com a Telmex. O que corresponde, no capital total da NET Serviços, a 26,01% das ações ordinárias com a Globo e 24,99% com a Telmex.

Como a GB é a sócia majoritária da NET Serviços e os 26,01% da Globo na NET Serviços correspondem a 51% da GB, em tese a Globo cumpre o disposto na Lei da TV a Cabo porque mantém consigo o controle da NET Serviços, por meio do controle da GB.

Mas a Telmex passa a controlar diretamente 37,5% das ações da NET Serviços e indiretamente, através da GB, mais 24,99%. Ou seja, ainda que não tenha formalmente o controle da NET Serviços, a Telmex fica com 62,49% das ações ordinárias (com direito a voto) da NET Serviços. E a Globo apenas com 24,99%.

Na prática, a NET Serviços passa a ser mexicana, sem precisar alterar a lei 8977. Basta, para isso, acrescentar um contrato particular entre Globo e Telmex que garanta a gestão mexicana do cotidiano da empresa. Quando a proibição de controle estrangeiro no cabo for suprimida no Congresso Nacional, basta a Globo vender 2% do capital da GB para a Telmex e o controle de fato vira de direito.

Em tempo, 100% das ações preferenciais (sem direito a voto) da GB também pertencem à Telmex.

Como este processo de reestruturação da NET Serviços é legal, ainda que questionável, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) acabou aprovando-o através do Ato 48245, de 6 de dezembro de 2004.

Mais capital estrangeiro

Mais não foi apenas a NET Serviços que foi vendida.

A Globo decidiu, também, diminuir sua participação na empresa de TV via satélite Sky Brasil. A Globo ficou com 28% das ações ordinárias. E Rupert Murdoch com o restante. Murdoch é o proprietário da Fox, da Sky e acaba de adquirir a DirecTV para fundi-la com sua plataforma de TV via satélite. Assim, Murdoch passa a deter (Sky + DirecTV) cerca de 95% do mercado brasileiro de TV por assinatura via satélite.

Neste mesmo processo de concentração na produção de conteúdo, a Globo vendeu sua participação na antiga empresa de telefonia celular Maxitel para a Italia Telecom, que a fundiu a outras empresas e criou a TIM.

Ainda para o capital estrangeiro a Globo vendeu suas participações na operadora de pager e call center Teletrim, na operadora de telecom corporativo Vicom (para a Comsat) e na NEC do Brasil (tomada das mãos de Mário Garnero na gestão de Antonio Carlos Magalhães como ministro das Comunicações e agora vendida de volta aos japoneses da matriz).

A Globo também parece ter desistido da criação de parques temáticos (depois de ter comprado um imenso terreno na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro para esta finalidade), assim como transformou sua antiga gravadora Som Livre em uma loja virtual e mera empacotadora de sucessos alheios (no formato "pau de sebo") e encerrou o setor de distribuição da Globo Filmes (entregando esta tarefa para majors como a Columbia Pictures, de propriedade do grupo Sony).

Recentemente, a Globo vendeu sua parte da loja virtual (canal de televisão, website e revista) Shoptime para as Lojas Americanas. Agora, Shoptime, Americanas e Submarino pertencem ao mesmo controlador, a GP Participações (de propriedade de três dos raros brasileiros que possuem patrimônio superior a US$ 1 bilhão: Jorge Paulo Lehman, Carlos Alberto Sicupira, Marcel Telles).

Cultura nacional?

A Globo mudou e hoje é menor, mais concentrada naquele que é o seu grande potencial: a produção de conteúdo. Isso é legítimo.O que não parece correto é a forma como este processo se deu.

Ao mesmo tempo em que alienava boa parte de seu patrimônio para o capital estrangeiro (inclusive permitindo concentrações prejudiciais ao mercado e à própria circulação de informações, como no caso Sky + DirecTV), a Globo alardeava ser a guardiã da cultura nacional.

Se é a favor da cultura nacional, por que a Globo é contra um sistema de TV digital que multiplique o número de canais existentes, permitindo o surgimento de várias outras emissoras (e não apenas comerciais)?

Se é a favor da cultura nacional, por que na NET Brasil não é transmitida a programação do canal Rá-Tim-Bum (Cultura), enquanto por lá circulam Cartoon Network e Boomerang (Time Warner), Disney e Jetix (Disney), Nickelodeon (Viacom) e Discovery Kids (Discovery)?

Por que os assinantes de outras TVs a cabo (que não a NET Brasil) não podem desfrutar das modalidades esportivas transmitidas pelo canal SportTV (GloboSat)? Afinal, NET Brasil e GloboSat são empresas diferentes e a venda exclusiva da programação de uma para a outra fere o direito econômico.

Se existe uma preocupação genuína com o desenvolvimento nacional, por que tantas empresas estratégicas para as telecomunicações brasileiras foram vendidas para o capital estrangeiro?

Essas e muitas outras respostas ainda pairam no ar sem que a imprensa brasileira tenha dado a devida divulgação ao debate.

(*) Jornalista (UFF), mestre em Comunicação (UFRJ), coordenador-geral do Instituto de Estudos e Projetos em Comunicação e Cultura (Indecs) e integrante do Coletivo Intervozes

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=365IPB004

Categorias:Organizações

JK

Categorias:Frases

O Objetivo por Trás do Orkut

Google prepara sinergia com o Orkut para ampliar sua publicidade na web

Gigante americano quer viabilizar comercialmente o site de relacionamento por meio de links patrocinados

23.01.2006 – 12:38

Redação

O Google trabalha em um projeto para alavancar comercialmente o Orkut, estendendo ao site de relacionamentos a venda conjunta de links patrocinados (publicidade associada às pesquisas na internet), um de seus principais negócios.

A unificação representará a junção de 18 milhões de usuários do Google com 6,1 milhões do Orkut (muitos são clientes comuns aos dois). A carteira será capaz de aumentar consideravelmente o poder de fogo do portal na captação de anunciantes, comenta o Relatório Reservado. Os dois sites reúnem um exército de internautas superior aos do UOL e do Globo.com, que somam, cada um, algo perto de 21 milhões de usuários.

Além da sinergia operacional, o Google já vislumbra na fusão um ganho de marketing. Pretende fazer um estardalhaço para alardear a conquista da liderança entre os portais brasileiros no critério de número de usuários.

Até a concretização da fusão, o Google lançará uma série de produtos específicos para o Brasil, como o Google Earth, que permite a localização de pontos geográficos a partir de mapas e imagens de satélites, e o Local, que usa como parâmetro de pesquisa a delimitação do espaço (bairro, rua etc).

© Relatório Reservado

Prova do Jesus “Histórico”

24/01/2006 – 17h32
Justiça italiana é chamada a se pronunciar sobre a existência de Jesus

rpt ROMA, 24 jan (AFP) – A justiça italiana foi chamada a se pronunciar nesta sexta-feira sobre a existência de Cristo num processo contra um padre acusado por um ateu de ter "abusado da crença popular" ao apresentar Jesus como um personagem histórico.

O autor da queixa, Luigi Cascioli, de 72 anos, afirma ser um ateu convicto e fez do processo contra o padre Enrico Righi, de 75 anos, cura da paróquia de Saint Bonaventure, em Bagnoregno (centro), uma tribuna para suas teses.

O caso começou no dia 11 de setembro de 2002, quando ele apresentou uma queixa contra o pai Righi, acusando-o de ter abusado da crença popular ao afirmar, em seu boletim paroquiano, que Jesus existiu.

Luigi Cascioli criou um site na internet (www.luigicascioli.it) no qual noticia o passo a passo do processo.

"Com esta queixa, não quero impedir que os cristãos professem sua fé, garantida pelo artigo 19º da Constituição italiana, mas quero protestar contra o abuso cometido pela Igreja católica que, aproveitando-se de seu prestígio, apresenta como reais e históricos fatos que não passam de invenções", afirma ele.

Ele recorre ao artigo 661º do código penal italiano, que pune por "abuso da crença popular" as pessoas que, através de imposturas, enganam uma multidão.

"Neste caso, os padres da Igreja Católica, como Righi, defendem ficções históricas, apresentando como verdades fatos inventados para servir às necessidades da doutrina religiosa", afirma ele.

No dia 11 de maio de 2004, a justiça aceitou a queixa e abriu um processo contra o padre Righi. O tribunal de Viterbe marcou a primeira audiência para sexta-feira, dia 27 de janeiro, às 09H00 locais.

Numa carta aberta endereçada ao cardeal arcebispo de Bolonha, Giacomo Biffi, ele assegurou que "está pronto para retirar sua queixa se uma prova da existência histórica de Jesus lhe for apresentada".

O processo começará a menos de 80 dias das eleições legislativas e em meio às acusações de ingerência apresentadas contra a Igreja católica pelos partidos da esquerda radical italiana.

 

http://noticias.uol.com.br/ultnot/2006/01/24/ult32u13157.jhtm

Ha! Ha! Ha!

Terça-feira, 24 de

janeiro de 2006

Que mexe com minha cabeça e me deixa assim

 
24.01.2006 | Eu vou te deletar, te exlcuir do meu Orkut/ Eu vou te bloquear no MSN/ Não me mande mais scraps nem email ou power point / Me exclua também/ E adicione ele!

Genial. Simplesmente genial. (Arquivo mp3.) [ comente]

De quadro em quadro

24.01.2006 | Joe Sacco, mestre repórter-quadrinista, pegou o jeito norte-americano de espalhar democracia como pauta. O link para o arquivo (em PDF) dispara um download no site do britânico The Guardian. via Blue bus [ 1 comentário]

É Chique Ser Feio…

22/01/2006 – 14h43
Primeira fila: Sandálias de dedo são o hit dos fashionistas nos desfiles
CAROLINA VASONE
UOL Moda

A temporada é de inverno. Mas só na passarela, claro. Pelos corredores do prédido da Bienal, onde acontecem os desfiles do São Paulo Fashion Week, uma ou outra tendência invernal inconscientemente já foi incorporada, mas o que reina é a moda do verão.

Na primeira fila dos desfiles – onde sentam artistas, convidados especiais e os mais poderosos e importantes profissionais da moda – é só olhar para baixo para descobrir um hit desta estação: as confortáveis e clássicas sandálias rasteiras de dedo.

Glória Kalil e Costanza Pascolato são fãs do modelo com tira fina que atravessa o centro do peito do pé e amarra no tornozelo. Ela fica chique com calças mais soltas, de tecidos leves, em tons claros como o cru, o cáqui e o bege, com uma simples regata ou uma camisa branca, por exemplo. Bermudas também vão muito bem com o modelo, que ainda pode ser usado com vestidos e saias de vários modelos.

 

 

Comentário: Pois, é. Virou chique ser feio. Uma das coisas mais horrorosas do mundo são justamente as sandálias de dedo, mais especificamente as "do modelo com tira fina que atravessa o centro do peito do pé", cujas havaianas e os medlos Grendha são as piores modas já inventadas até hoje… :oP

Categorias:Entretenimento

Deveria existir por aqui também…

Tão rápido quanto a fala


Maurício Oliveira, de Washington

Cristiane Fontinha
Kasdan: 280 palavras por minuto, como no futebol

20.01.2006 |  Ainda que você seja realmente hábil no teclado do seu computador, não consegue digitar mais que 70 palavras por minuto sem cometer erros. Imagine agora alguém capaz de transcrever um texto falado ao ritmo de 280 palavras por minuto, equivalente ao da narração de um jogo de futebol pelo rádio. Esse é o desempenho daquele que é considerado um dos melhores estenotipistas do mundo, o norte-americano David A. Kasdan. Aos 42 anos, ele chegou ao topo da carreira atuando como court reporter nos tribunais de Washington. Participou de casos célebres como o do petroleiro Exxon Valdez, do terrorista Unabomber e da acusação de monopólio feita pelo governo dos Estados Unidos contra a Microsoft. Nos últimos anos, contratado pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), passou também a viajar pelo mundo para atuar em conflitos comerciais entre países.

A proeza quase inacreditável de Kasdan só é possível graças à combinação entre a sua peculiar habilidade e a eficiência da steno machine, chamada no Brasil de estenótipo. Trata-se de um sistema de apenas 24 teclas que não reproduz as palavras letra a letra, como no teclado qwerty tradicional, mas em conjunto.
Assim, por exemplo, o prefixo “psycho” resulta do acionamento simultâneo das teclas S, K, O e E, exigindo apenas um movimento dos dedos para ser registrado, contra os seis movimentos necessários no qwerty para obter o mesmo resultado. Outra vantagem é o tamanho reduzido do teclado, que evita o deslocamento das mãos – apenas os dedos se movem. Pode-se, também, programar a máquina para simplificar o registro de termos que se tornem freqüentes (foi assim que Michael Jackson, habitué de tribunais, passou a ser conhecido como MAIJ entre os court reporters). A soma de tudo isso proporciona um enorme ganho de tempo, desde que à frente do teclado esteja um virtuose.

Um errinho estraga o dia

“É um trabalho semelhante ao de um pianista, com o mesmo nível de concentração, velocidade e resistência física”, compara Kasdan, que desde o início da carreira é funcionário da Miller Reporting Company, uma das principais consultorias de Washington especializadas na área.

A função de court reporter é tão valorizada na capital americana que há no mercado uma dezena de empresas que fazem exclusivamente esse tipo de trabalho, com mão-de-obra fornecida por mais de 300 escolas e universidades credenciadas em todo o país pela National Court Reporters Association. Os cursos podem se estender por três anos e o desempenho mínimo para obter o diploma que permite exercer a função é de 175 palavras por minuto. Para trabalhar nas grandes consultorias, é preciso chegar a pelo menos 225 palavras por minuto. Só o primeiríssimo time consegue passar de 250 palavras.

A qualidade do trabalho de um court reporter não se dá apenas pela velocidade de transcrição, no entanto. Esse é, na verdade, um aspecto secundário, já que o ritmo dos pronunciamentos em um tribunal costuma ficar bem abaixo da capacidade de profissionais do nível de Kasdan. Mais importante é evitar erros de grafia e reduzir ao máximo as pendências a serem resolvidas na revisão. Isso depende, claro, de um excelente domínio do idioma e de uma carga considerável de conhecimentos gerais, requisitos para que o profissional saiba, de bate-pronto, como escrever as palavras que estão sendo ditas.

Kasdan dá um passo além desses atributos: antes de começar a trabalhar em um novo caso, mergulha no material disponível sobre o processo e estuda a fundo o tema. Quando soube que iria trabalhar na disputa entre o governo dos Estados Unidos e a Microsoft, por exemplo, passou duas semanas se familiarizando com os termos típicos da informática para reduzir o risco de ser surpreendido.

Mas sempre surgem nomes e termos desconhecidos, claro. Nessas horas, a saída é transcrever da forma que pareça a mais verossímil, marcar a dúvida com uma tecla específica para essa função e deixar a solução por conta do editor, parceiro inseparável de todo court reporter. Ao longo do dia de trabalho, o editor vai recebendo os textos produzidos pelo colega e comparando com as gravações que ouve. A missão é conferir todo o material e eliminar as pendências. Kasdan trabalha há quatro anos com a mesma editora, uma dupla afinada que costuma distribuir o material aos advogados das partes (e à imprensa, se for o caso) menos de duas horas após o fim da sessão. “Trabalhamos com prazos curtos, mas isso não serve como desculpa. O objetivo é entregar os textos sem um erro sequer”, diz Kasdan.

O relatório final do caso Microsoft, com 14.000 páginas produzidas nos 79 dias do julgamento, recebeu elogios oficiais tanto da empresa de Bill Gates quanto do Departamento de Justiça do governo norte-americano. Certo tempo depois, alguém descobriu uma pequena falha – “wander” no lugar de “wonder”, o que alterava sem maior gravidade o sentido da frase. “Saber disso foi o suficiente para estragar o meu dia”, lembra o estenotipista.

Escolhe os casos e as folgas

Nos casos mais importantes, o trabalho de Kasdan chega a ser acompanhado em tempo real por 40 pessoas dentro do tribunal, entre advogados, juízes e jurados – cada um deles com um laptop conectado à steno machine – ou mesmo por milhões de pessoas ao redor do mundo, via televisão ou internet.

“Um court reporter tem grande responsabilidade sobre a reputação da companhia para a qual trabalha”, ressalta. É mais um fator que faz as estrelas da profissão serem cobiçadas. Kasdan recebe constantes propostas para trocar de casa, mas preza a liberdade que conquistou no emprego. “Escolho os casos em que quero atuar e tiro boas folgas entre uma e outra missão”, descreve. As consultorias cobram por página produzida e um percentual considerável, que pode chegar a 70%, é repassado ao “artista”. Os valores são mantidos em sigilo por estratégia de concorrência, mas Kasdan – que já produziu 500 páginas em um dia de trabalho – ganha o suficiente para manter um padrão de vida confortável em uma casa de três pisos no Capitol Hill, um dos bairros mais sofisticados de Washington.

Um court reporter tem a prerrogativa de intervir no andamento dos depoimentos sempre que considerar necessário, já que está sob sua responsabilidade produzir o documento oficial do processo. Kasdan não liga quando encontra alguém que fala rápido demais, embora manter um ritmo acelerado durante muito tempo seja desgastante, mas odeia quando há bate-boca e várias pessoas começam a falar ao mesmo tempo. “Hoje esse tipo de grosseria dificilmente ocorre nos casos em que atuo, mas no começo da carreira cansei de dar soco na mesa”, lembra.

Quando a ocasião permite, ele deixa extravasar um pouco da irreverência que diverte os amigos ao se apresentar no tribunal trajando uma gravata com a estampa de Bob Esponja. Fica a critério dele, também, o momento de fazer intervalos na sessão. “Paro por 15 minutos a cada hora e meia para dar um descanso às mãos. Afinal de contas, elas são a minha galinha dos ovos de ouro”, brinca. Exercícios de ioga específicos para as mãos e braços ajudam a prevenir lesões por esforço repetitivo.

Freqüentar tribunais ao redor do mundo – já foram mais de 20 países visitados desde que começou a trabalhar para o FMI e o Banco Mundial, há três anos – concedeu a Kasdan mais um diferencial: a capacidade de lidar com diferentes sotaques. “Os mais difíceis de entender são o francês e os asiáticos. E o inglês falado por brasileiros é mais fácil de entender que o falado por portugueses”, compara.

As viagens costumam ser curtas; raramente passam de uma semana. Com cópias de segurança para todos os equipamentos, a bagagem é pesada: duas steno machines, dois laptops (e no mínimo mais três para os juízes), dois gravadores, dezenas de fitas e uma enorme variedade de adaptadores para energia elétrica – sem falar da papelada diretamente relacionada ao processo.

Escolhe os casos e as folgas

E como alguém se torna um estenotipista? É o tipo de profissão que não ocorre a todos os jovens, claro. No caso de David, ele conheceu um estenotipista quando estava terminando o colégio, no Colorado. Aproveitando que estava indeciso entre estudar literatura, ciências políticas e história, decidiu arriscar. “Achei que poderia ser uma profissão que paga bem e permite aprender um pouco sobre tudo. Estava certo”, recorda.

Em 1987, mudou-se para Washington e iniciou a carreira. Começou por baixo, cobrindo audiências públicas convocadas por autoridades para discutir projetos governamentais com a população. Depois passou por questões trabalhistas e por processos de danos morais. Diverte-se ao lembrar de casos dessa fase, como o do ônibus que se acidentou levemente, mas ainda assim motivou pedidos de indenização por parte de todos os passageiros contra a companhia pública de transporte. Acompanhou os 40 depoimentos, todos divergentes entre si e cada um mais exagerado que o outro. Uma das pacientes alegava que não conseguia ter relações sexuais depois do acidente. Os advogados da empresa de transporte perguntaram com que freqüência ela costumava praticar sexo e pediram os telefones de contato dos parceiros. “E ela deu!”, espanta-se até hoje Kasdan.

Além de atuar nos tribunais, ele também cumpre tarefas como free lancer. A rede de televisão NBC o convoca para transcrever as entrevistas mais importantes realizadas pelo apresentador Tim Russert com celebridades mundiais. O objetivo dos produtores do programa é ter o texto o mais rápido possível em mãos para facilitar a edição das entrevistas, que costumam ser realizadas poucas horas antes de irem ao ar. Kasdan trabalhou nas entrevistas de George W. Bush, Vladimir Putin, Bono Vox e Nelson Mandela, entre outras.

Outro momento de destaque na carreira foi quando, em meados da década passada, ele foi contratado para transcrever parte das 6.000 horas de fitas de conversas telefônicas gravadas pelo presidente Richard Nixon durante o seu mandato, ao qual renunciou em 1974. As fitas estavam sob guarda do Arquivo Nacional e só poderiam ser divulgadas após a morte de Nixon, mas um professor da Universidade de Wisconsin, Stanley I. Kutler, entrou com uma ação na Corte Federal para ter acesso às gravações. Kasdan foi contratado pelo escritório de advocacia que venceu a disputa para Kutler. As transcrições deram origem ao livro “Abuse of power”.

“Enquanto eu ouvia aquelas fitas que ninguém mais havia ouvido até então, ficava o tempo todo me perguntando: como um sujeito desses pode ter sido presidente do meu país? Era revoltante a forma como ele se referia às minorias e aos líderes de outros países”, recorda.

Leia mais sobre este assunto
Profissão não existe no Brasil

 

http://nominimo.ibest.com.br/notitia/servlet/newstorm.notitia.presentation.NavigationServlet?publicationCode=1&pageCode=54&textCode=20590&date=currentDate&contentType=html

 

Só quem é Advogado ou precisa acompanhar os resumos de depoimentos que são feitos no Brasil sabe o nível de problema que se chega numa expressão erroneamente colocada numaata pois aqui é feito um resumo do que é dito pelo Juiz. Sem contar erros grosseiros de ortografia ou de gramática que, em alguns casos, podem invalidar ou prejudicar um caso por completo.

Categorias:Pense Direito

O Futuro da Notícia Chegou!!!

O futuro da notícia?

 

21.01.2006 |  Há um novo conceito de site de notícias no ar: chama-se Newsvine. Junta os modelos do tradicional site de notícias, blogs, Orkut, talvez até um quê de Amazon. Em Newsvine, a notícia não pára em si mesma, ela é o início de uma conversa. E não é todo mundo que pode entrar. É preciso cadastro e senha, coisa só ganha por meio de convite, como num Orkut.

Quem entra no Newsvine, ainda em fase de testes, encontra chamadas para notícias da AP, para notícias escritas pelos usuários ou para links de notícias noutros sites da web: é como um portal. A idéia de só permitir a entrada mediante convite é para selecionar quem pode escrever. Idealmente, reunirá uma comunidade de gente que gosta de notícia. Em cada notícia, há duas áreas diferentes de discussão. Uma carrega comentários, como um blog comum. Outra tem chat online para quem quiser discutir no calor da situação.

Como no Orkut, todo usuário tem sua página com direito a foto e pequeno perfil. Esta página é também um blog. Contém aqueles links externos que o sujeito sugeriu, aquilo que escreveu. É um pouco como se fosse uma coluna: há duas maneiras de encontrar notícias. Na primeira página ou nas páginas de cada indivíduo. Quem se interessar pelas contribuições de um ou de outro terá sempre onde encontrar as últimas de sua autoria.

O sistema distribui a renda democraticamente. Do valor angariado com banners, 90% fica com quem criou o texto gerador de tráfego. Quem for muito lido ganha mais dinheiro. O sistema tem também um quê de Amazon. Conforme o recém-cadastrado vai lendo, comentando, contribuindo, Newsvine vai aprendendo sobre seus interesses.

Aí, ele é esperto. O grande risco da página que só oferece o noticiário que em teoria interessa ao leitor é que ele jamais aprenderá algo novo, jamais se surpreenderá. Fica viciado. Newsvine valoriza aquilo que por hábito o leitor procura, mas não esconde o resto do noticiário. Há um balanço na oferta.

E diferentemente de um Orkut, Newvine é moderado. Assim, quem por acaso abusa nos comentários ou envia spams é imediatamente eliminado. A política é rigorosa: aquele que convidou o spammer entra numa lista negra e passa a ser vigiado. Tudo em prol da comunidade. Se o sujeito não souber avaliar quem convida, fica como que em liberdade condicional.

É, naturalmente, um jogar de dados: será que o modelo Newsvine funcionará? Será que vai atrair leitores? Mike Davidson, pai do projeto, reclama de muita coisa nos sites de notícias comuns. Por exemplo, das seções. Portais noticiosos costumam dividir seu material nas editorias tradicionais: nacional, internacional, esportes, cultura etc. Faz sentido no papel, que carece duma organização linear, caderno após caderno do jornal.

Na web as possibilidades são muito maiores. Evidentemente, uma reportagem sobre um escritor turco vítima de gripe aviária é cultura, é saúde, é ciência, é internacional. Então, ao invés de organizar por editorias, as notícias são arrumadas por palavras-chave. Quem estiver procurando noticiário sobre livros vai se deparar com ela, o interessado em Turquia também.

O que Newsvine parece eliminar é o toque pessoal. Uma comunidade selecionada talvez se prove uma excelente editora, mas mesmo com as páginas pessoais ela será, sempre, mais comunidade, menos indivíduo. Este é um dos atrativos de blogs, coisa que já vem desde os tempos do impresso. O autor atrai, seu espaço, sua cara.

Por outro lado, Newsvine parece diferente. É uma maneira de ver a seleção e organização de notícias que não tem nada a ver com a maneira como jornais sempre foram feitos. É inteiramente pensado para a web. Se atrairá público, os próximos meses o dirão. [ 39 comentários]

 

http://nominimo.ibest.com.br/notitia/servlet/newstorm.notitia.presentation.NavigationServlet?publicationCode=1&pageCode=10&textCode=20585&date=currentDate&contentType=html

Colunista é um saco!

Sexo na ressonância

 

21.01.2006 |  A falta de assunto conjugada à quantidade absurda de cronistas em atividade no país tem provocado cenas hilárias no convívio dessa gente – ô, raça! São dezenas, centenas, milhares de páginas em branco à procura de histórias para o fechamento da próxima coluna de cada um. Um troço engraçado, uma novidade, um personagem, um absurdo, boas e más notícias, um passeio, uma mulher, um prato de comida, qualquer coisa pode virar crônica e, ainda assim, a oferta de assuntos é insuficiente para atender à demanda dos colunistas, coitados! Não raro quando se encontram, se um conta uma história, dia seguinte ela vira tema da coluna do outro. É por isso que o talentoso Joaquim Ferreira dos Santos quase não fala fora da redação do “Globo”. Quando fala, fala baixinho para ninguém ouvir. Ficou assim depois que, isso há muito tempo, jantou com Zuenir Ventura e contou que estava pensando em escrever uma crônica com o título “Cidade partida”. O livro foi lançado um ano depois.

Não há nada mais chato do que festa de colunistas. Ninguém diz nada para não botar azeitona na empada dos outros. Não que estejam brigados, nada disso. O problema é que dizer algo inteligente perto de alguém inteligente nessa época em que a inteligência anda escassa, depois pode fazer falta. Se você sai pensando alto por aí, não lhe sobra nada original para sua própria coluna. O desespero cresce à medida que o fechamento se aproxima. Quando um colunista liga para um amigo com aquele papo mole de “e aí, qual é a boa?”, pode crer que está sem assunto diante da página em branco. Evidentemente que estou falando de um certo tipo de jornalista que não acha mais a menor graça esculhambar o Lula, o PT, o José Dirceu, o Congresso, o Garotinho, o Eurico… Cronista que se preza não suporta a idéia de botar no papel o que todo leitor pensa. O senso comum lhe soa humilhante. Quando não consegue pensar nada que lhe pareça original para dizer, sofre feito condenado para escrever.

Não é novidade – todo cronista já escreveu alguma coisa sobre a falta de assunto -, eu mesmo já falei sobre isso uma dezena de vezes, mas esta foi para mim uma semana como tantas outras em que lembrei da definição de Gaëtan Picon para os ossos do meu ofício: “Escrever não é nada mais se não ter o tempo de dizer: estou morrendo.” O suor gelado, o frio na barriga, o mal-estar, o vazio absoluto, o nada e, ainda por cima, essa vontade desgraçada de fumar. Nada é pior que uma folha em branco diante da impotência do escritor. Morrer deve ser por aí.

Teria uma história maravilhosa para contar sobre a vida pessoal de um colunista muito famoso, mas, ao contrário de muitos de meus colegas, não tenho coragem de entregar confidências de um amigo. Sem dar o nome do protagonista, convenhamos, as aventuras de um velho jornalista para espantar os pombos da piscina de sua casa não tem tanta graça. Imaginem o Rubem Braga soltando bombinhas (traques Fênix) toda vez que uma pomba pousasse no parapeito de sua cobertura em Ipanema. Não insistam, por favor, não vou revelar o nome do Zuenir.

Já estava pensando em não renovar a coluna esta semana, alegando problemas de saúde. Seria uma meia-verdade. Nunca me senti tão bem na vida e, talvez por isso mesmo, meu clínico-geral resolveu aproveitar o check-up de rotina para abrir o capô do meu fígado. Não sei se o leitor já passou por uma ressonância magnética. Tenho amigos que – pelo menos é o que dizem – dormem quando entram no tubo para o exame. Eu já havia passado pela experiência uma vez – na época o doutor cismou de ver minha coluna vertebral – e, acho até que contei isso na ocasião, entrei em pânico quando percebi que teria que ficar durante 30, 40 minutos num lugar tão apertado quanto um caixão. Pedi que me tirassem imediatamente lá de dentro e só depois de me concentrar durante dez minutos com os olhos fechados consegui fazer o exame. Saí de lá moralmente destruído.

Dessa vez, mesmo já sabendo como era a coisa, ao deitar na maca que é chupada para dentro do tubo senti que ainda não estava preparado para o procedimento. Falei para a mocinha que me arrumava que eu era claustrofóbico e, caso desse alarme, que me tirassem o mais rápido possível lá de dentro. Ela me tranqüilizou: “Relaxa, não vai doer nada!” – brincou. Fechei os olhos antes de ser introduzido no tubo e, na falta de assunto para me concentrar em alguma coisa, resolvi pensar em sexo. Sexo pra valer! Resultado: pode ser que eu esteja enganado, mas acho que inventei um método de auto-ajuda para quem, como eu, sofre de síndrome do pânico em ressonâncias magnéticas. Passei 35 minutos – e olha que metade do tempo com uma agulha de contraste espetada no braço – de raro prazer. Ali dentro, de olho fechado, com o teto a 10 centímetros do seu nariz, sentindo as paredes laterais roçarem nos ombros, você é capaz de imaginar as mais loucas posições para a prática de sexo com quem você quiser. De vez em quando, ouvia umas marteladas eletrônicas próprias da máquina e passei a associá-las ao anúncio de orgasmos. Como dizia Narcisa Tamborindeguy no tempo em que ainda lhe davam ouvidos, “que loucura, que loucura!”

Quando saí lá de dentro, às gargalhadas, a mocinha não estranhou: “Tá vendo, não disse que não ia doer!” – guardava um sorriso meio maroto nos lábios. Espero que meu estado de excitação durante o exame não tenha sido captado pelas imagens da ressonância. Espero, também, que esteja tudo bem com meu fígado.

 

http://nominimo.ibest.com.br/notitia/servlet/newstorm.notitia.presentation.NavigationServlet?publicationCode=1&pageCode=14&date=currentDate&contentType=html

Categorias:Piadas

Huuummm… Que pena!

Portentoso assado explode e fere 3 22/06/2005 19:33
A cidade italiana de Brescia tentava entrar no Guinness com um assado de porco, coelho e frango de 60 metros de comprimento e equivalente a 6 mil porções.

Porém, a alegria dos habitantes terminou quando o assado se auto-aqueceu devido aos raios solares, causando uma explosão equivalente a 1,3 quilotons. Três pessoas se feriram devido ao impacto da massa, mas passam bem.

 

http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=2599389&tid=14488438&start=1

Categorias:Comidas e bebidas

Tapinha Educa, Não Dói

20/01/2006 ¦ 15:32

Proibido o castigo físico em menores

Da Revista Última Instância:

 

"A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) aprovou, em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 2654/03, que proíbe qualquer forma de castigo físico em crianças e adolescentes. O projeto será agora encaminhado ao Senado, sem necessidade de ser votado pelo Plenário da Câmara.

 

De acordo com o texto, apresentado pela deputada Maria do Rosário (PT-RS), a punição corporal de criança ou adolescente sujeitará os pais, professores ou responsáveis a medidas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/90), como o encaminhamento do infrator a programa oficial ou comunitário de proteção à família, a tratamento psicológico ou psiquiátrico e a cursos ou programas de orientação, informou a assessoria da Câmara.

 

A relatora da matéria na CCJ, deputada Sandra Rosado (PSB-RN), observou que o artigo 227 da Constituição determina que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente os direitos naturais do cidadão e colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência e opressão."

 

Clique aqui e leia mais

 

Coisa mais estúpida esta proposta! Tapa para educar a criança e o adolescente não dói, educa! O que não pode haver é o exagero, o flagelo físico do menor. É exatamente neste sentido que caminham todas as legislações modernas, mas o Brasil, em termos de novas legislações, como sempre, tem que ser mais real que o rei!!!

 

Ruim é o castigo físico que ultrapasa o caráter educativo e se transforma em lesão física, em agressão pura e simples de pais raivosos e/ou despreparados para a educação de seus filhos. Para este tipo de situação já existe há décadas algo chamado "ACD – Auto de Corpo de Delito". Alguém conhece?

 

Se este projeto for aprovado, teremos sim o efeito colateral de jovens tiranos, que ameaçarão, a qualquer sinal de castigo, "denunciar" os pais que viverão em constante estado de alerta. E este fato já ocorria em Ouro Preto, há quase dez anos, quando eu ainda estava estudando, segundo depoimentos de um dos Conselheiros Tutelares da época.

 

Inté.

 

PS: Aviso aos Navegantes – Aconselho que vejam o filme "O Milagre de Anne Sullivan" que é uma verdadeira obra-prima sobre crianças mimadas e ainda sobre relações com defcientes físicos. Principalemente aos que têm filhos ou estão pretendendo tê-los me breve.

Categorias:Pense Direito

Sobre Recessos e Ajudas

 

Folha de S. Paulo

Sexta-feira, 20 de janeiro de 2006

 

MORDOMIAS NO CONGRESSO
Nelson Motta

Saudades de Justo Veríssimo

"RIO DE JANEIRO – Radicalmente a favor do pagamento do jabá em dobro para (não) trabalhar nas convocações extraordinárias, o deputado baiano falou alto e grosso, com forte sotaque: ‘Não devolvo nem dou para ONG nem para caridade. Aqui na Câmara são 300 deputados que estão no vermelho’.

Falou claro. Ao se referir aos 300 colegas, o líder do PP, Mário Negromonte, nos lembrou dos 300 picaretas de Lula e dos 300 do baixo-clero de Severino. E, ao dizer que eles estavam ‘no vermelho’, a própria expressão revelava uma linguagem comercial, de lucros e perdas. Parecia mais um comerciante falando de um ponto. Parecia que os coitados eram obrigados a ser deputados, a carregar um fardo, condenados a deputar.

Mas afinal, em que tanto gastam? Será que vamos ter que ouvir que os pobres e nobres parlamentares gastam, do próprio bolso, tudo que ganham -e até mais do que isso, senão não estariam ‘no vermelho’- comprando dentaduras, remédios, cestas básicas, bolas de futebol, chinelos, camisetas e bonés para seus eleitores necessitados?

Nem Justo Veríssimo ousaria tanto. Mas o saudoso personagem de Chico Anísio, que tão exemplarmente representa a sordidez e o cinismo do arquetípico político brasileiro, pelo menos não mentia. E era muito mais engraçado.

Este é mais um bom motivo para maldizer esse pessoal: tantas eles fizeram, mentindo, trapaceando, legislando e conspirando em causa própria, sem qualquer respeito pela lei e pela opinião pública, que não temos mais Justo Veríssimo na TV para nos alegrar e divertir -ele foi superado pela realidade, perdeu a graça e saiu do ar.

Agora, eles estão furiosos, porque, sob pressão da opinião pública, tiveram que renunciar a alguns privilégios escabrosos. Culpam a imprensa, sentem-se perseguidos e exigem providências. Mas lhes faltam a ironia e a sinceridade de Justo Veríssimo."

 

José Sarney

De recesso e de porquinhos de olhos verdes

"O Congresso , numa operação relâmpago, derrubou o recesso de 90 dias e acabou com a ajuda de custo para as convocações extraordinárias, existente desde 1892.

O fim da ajuda de custo era necessário. Quando ela foi instituída, o recesso parlamentar era de quatro meses, passados nos Estados. Se fossem convocados, tinham despesas extras de longas viagens de navio e tudo mais. Agora, na época dos aviões, com deputados e senadores recebendo passagens, a ajuda de custo perdeu justificativa.

Quanto ao recesso parlamentar, é outra a história. A atividade parlamentar se exerce não só no Congresso Nacional mas também no trabalho constante com as bases eleitorais e no contato permanente com a sociedade, cada vez mais exigente na discussão e análise dos assuntos da pauta política, tão diversificada e controversa. E esse contato é essencial também para que o parlamentar conheça de perto as necessidades do povo e do Estado que representa.

Não devemos confundir recesso com férias nem comparar a atividade política com serviço público ou empresa privada. Na vida pública não há espaço para férias. Nos países saxônios há um costume de tirá-las, talvez necessárias nos longos invernos.

A imprensa, estranhando a grande pressa com que a matéria foi votada, começou a fazer uma indagação: a pressa do Congresso fora motivada pela opinião pública ou por pressão da mídia? As duas hipóteses são a mesma coisa. A justificação da imprensa, gozando dos direitos de liberdade que lhe são assegurados, foi idealizada por Jefferson ao sentir a necessidade de um contraponto à inviolabilidade de palavra dos parlamentares para assegurar ao povo uma tribuna livre para questionar os governos, exercer -como se diz hoje- um controle externo sobre os Poderes do Estado.

A imprensa jeffersoniana era um prelo de madeira que imprimia um pequeno jornal de um quarto de página. Hoje, a mídia, em sua globalidade, é o terceiro negócio do mundo, dispondo de instrumentos tecnológicos capazes de divulgar os fatos em tempo real. Assim, a opinião do povo se exerce pelos meios de comunicação, que ou expressam essa opinião ou formam a opinião. Dizia Joaquim Nabuco -e isso há cem anos- que ninguém tinha condições de se contrapor a uma contrária onda avassaladora. Hoje, então, nem falar.

O mundo mudou e temos que conviver com a nova força da imprensa, da sociedade civil organizada e da opinião pública apoiada num instrumental de comunicação incontrastável.

Mas não nos esqueçamos de que graças a esses avanços é que sabemos, encantados, que, na Coréia, alguns cientistas fizeram uns porquinhos fosforescentes e de olhos verdes. E também que o promotor Eron Santana, de Salvador, pediu um habeas corpus para Suíça, um chimpanzé fêmea, para que ela fosse libertada do zoológico. A argumentação foi muito consistente e científica: macaco tem raciocínio e, portanto, direito de ir e vir.

E, no meio de todo esse mundo caindo sobre sua cabeça, ainda pensa o Congresso em ter recesso e receber uns trocados. Nem pensar."

 

Quadrinha da Corrupção

“No meio de tanta corrupção,
 até o urânio é suspeito
de enriquecimento ilícito.”
(Janistraquis de Azevedo Varejão)

Categorias:Frases

Sem nada para inventar – (ou seria inventando moda?)

18/01/2006 – 20h26
Homens relaxam tricotando e tomando cerveja na noite de NY

Por Sharon Reich

NOVA YORK (Reuters) – Se você não sabe o que fazer para se distrair em uma noite de sexta-feira em Nova York, e se você for homem o suficiente, tente aprender a costurar no "Boyz Nite", em Greenwich Village, a partir das 21 horas.

A Knit New York, uma loja de Manhattan, está combatendo o estereótipo de que tricotar é um hobby meramente feminino.

"Você é forte o bastante para tricotar e homem o suficiente para fazer crochê?", pergunta um anúncio da Boyz Nite no site da loja.

A loja atrai dezenas de homens para sua noitada semanal, onde novatos e veteranos se reúnem para trocar dicas sobre cerveja e hot dogs.

"Acredite, nós adoramos mulheres", disse o gerente da loja Josh Bennett. "Mas é a mesma coisa de quando os rapazes se juntam para assistir a um jogo de futebol, eles têm tudo aquilo em comum, então há excitação. Depois de uma longa semana, você pode vir e trabalhar em seu projeto, tomar algumas cervejas e se divertir."

http://noticias.uol.com.br/ultnot/2006/01/18/ult26u20655.jhtm

Me recurso a copiar tudo para cá. Se quiserem ler a nova "moda", cliquem no link acima… =oP

Categorias:Passatempos

BB Político

BIG BROTHER
Deputado investigado por assinatura

O controverso membro do Parlamento britânico George Galloway enfrenta um inquérito parlamentar por ter assinado uma série de documentos da Câmara dos Comuns ao mesmo tempo em que se encontra em um programa de televisão.

Enquanto o Big Brother brasileiro tem um ex-monge, a versão britânica – para famosos – conta com um deputado entre seus participantes encarcerados dentro de uma casa monitorada por câmeras 24 horas por dia.

Segundo o parlamentar Chris Bryant, que levou a questão ao presidente dos Comuns, Michael Martin, Galloway teria assinado moções na quinta-feira da semana passada, incluindo uma sobre animais abandonados. "Não sei se um gato estava incluído", brincou Bryant, em referência a uma das provas constrangedoras do BB, onde o deputado teve que imitar um gato com o objetivo de completar uma tarefa para conseguir comida para o grupo. Informações da AFP [16/1/06].

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=364MON016

Categorias:Entretenimento

Ziggygaio Dedo-Duro

18/01/2006 ¦ 13:17

Cuidado com amigos como Ziggy!

Do Jornal do Brasil, hoje:

 

"Ziggy, de 8 anos, era o melhor amigo do inglês Chris Taylor, de 30 anos, namorado de Suzy Collins, de 25 anos. E fez o que achou certo: vigiou Suzy na ausência de Chris, descobriu o que não devia e entregou a moça. Acabou perdendo a amizade de Chris e foi expulso de casa, no município de Leeds, a 320 quilômetros de Londres.

Chris, programador, já desconfiava de algo. E ficou difícil continuar fingindo quando Ziggy, seu papagaio, o cumprimentou: ”Hey, Gary”, também repetido a cada vez que o telefone tocava.

 

Mas tudo ficou ainda pior quando, ao assistir tevê, Ziggy dizia: ”Eu te amo, Gary”, sempre que o nome era mencionado. Ainda assim, a primeira reação de Chris foi rir. Especialmente porque o animal imitava a voz de Suzy com perfeição.

 

– Quando perguntei quem era Gary, Suzy disse que era só um nome que Ziggy tinha ”tirado” da tevê. Cheguei a brincar, dizendo que Gary deveria ser seu amante – disse Chris à imprensa britânica.

 

Mas a mulher, funcionária de um call-center, não agüentou a pressão e, um dia, quando Ziggy repetiu, mais uma vez, ”Gary, eu te amo”, teve uma crise de choro e confessou tudo. O namoro com Chris acabou, e Suzy saiu de casa.

 

Depois do choque, o namorado traído descobriu que Suzy se encontrava com Gary há quatro meses. Sempre no apartamento do casal, onde, a julgar pelos sons que Ziggy aprendeu, mantinha relações sexuais com freqüência.

 

Chris até achou possível que Ziggy pudesse esquecer o que aprendera. Enganou-se e acabou, contra sua vontade, dando o papagaio para uma outra família.

 

– Não sofri por ver Suzy pelas costas depois do que fez, mas o que realmente me partiu o coração foi ter de mandar Ziggy embora. Eu o amo demais e morro de saudades. Mas era uma tortura ouvi-lo repetir o mesmo nome o tempo todo – desabafou Chris.

 

Hoje, o casal só tem opinião comum a respeito de um tema: o ódio mútuo entre Ziggy e a jovem.

 

– Perdi a namorada e o melhor amigo. Ziggy nunca gostou de Suzy, que também nunca foi com a cara dele – diz Chris.

 

– Estou surpresa por saber que tenha se livrado daquela ave maldita. Passava mais tempo conversando com ele do que comigo. Eu não suportava Ziggy e, agora, parece que o sentimento era recíproco – diz Suzy.

 

A ”ave maldita” é um papagaio-cinza-da-África, considerado uma das mais ”inteligentes” espécies da ave. O nome, Chris tirou de um personagem criado pelo cantor inglês David Bowie na década de 70, Ziggy Stardust."

Fonte: Blog do Noblat

Categorias:Piadas

Indenização porque NÃO matou!!!

Tabloideanas

17/01/2006 – 17h09
Assassino de aluguel não mata cliente e paga indenização

Da Redação

O Editor do UOL Tablóide acha que a vida não tem preço. Mas tem gente que não pensa da mesma maneira. Uma britânica, por exemplo, avaliou a sua vida em 30 mil euros. Ou melhor, esse foi o valor que ela pagou a um assassino de aluguel para matá-la.

Parece conversa de doido, e é. Christine Ryder, 53 anos, conheceu Kevin Reeves, de 40, em um hospital psiquiátrico. Ficaram amigos e Christine pediu a Kevin que a matasse em troca do polpudo pagamento.

Kevin não cumpriu o trato. A atitude de Kevin, longe de arrancar aplausos pela preservação da vida, arrancou, sim, uma pesada multa. Ele foi condenado por um tribunal britânico a 15 meses de prisão e a pagar 2 mil libras (cerca de 3 mil euros) por danos e prejuízos à sua vítima voluntária, segundo o jornal The Times.

Reeves afirmou a Ryder que disparariam contra ela de um carro em um determinado dia, o que não aconteceu. Para justificar o descumprimento, Reeves disse à mulher que ele mesmo tinha matado o assassino contratado e que tinha utilizado o dinheiro para indenizar à viúva. Depois de receber parte do dinheiro, Kevin inventou uma desculpa atrás da outra, tudo para embolsar o dinheiro sem ter que matar a cliente.

Depois de muitas idas e vindas, cheques trocados, depósitos, mentiras e confusão, a promotora chegou à conclusão de que Reeves não tinha intenção alguma de cumprir o trato e matar Ryder nem de contratar alguém para que o fizesse.

A juíza acusou Reeves de "engano manifesto e reiterado", e o condenou a 15 meses de prisão, além de ele ter de pagar uma indenização à vítima de sua fraude. O Editor do UOL Tablóide acha que, a essa altura, Christine deve ter morrido. De raiva.

Fonte: EFE

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