Arquivo

Archive for outubro \30\America/Sao_Paulo 2006

lula13.com.br

CASO LULA13.COM.BR
Na web,
vale quem chega primeiro

Por Silvio Monteiro em 30/10/2006 – OI

Com respeito ao caso do jovem Leandro Venturini, da cidade de Viamão (RS),
que criou e registrou o domínio lula13, originando o endereço eletrônico
http://www.lula13.com.br, temos a explicar – ou tentar explicar – o
seguinte:


1. Cada pessoa registra o que desejar no Registro.br, desde, é claro, que não seja uma
marca registrada de alguém. Foi armada uma situação pelo Comitê Gestor, órgão
que "controla" ou deveria controlar a web no Brasil, de que cabe a quem cria o
domínio total responsabilidade. Desta forma, é possível qualquer cidadão
registrar http://www.euvendodrogas.com.br, que será aprovado. Agora, o problema
surgiria se já existisse esta empresa. É uma falha lamentável bem ao estilo
Brasil, onde somente após um ano é que o Registro.br pedirá copias da
documentação da empresa que registrou. Neste meio tempo, já teriam sido vendidas
muitas drogas… Se existe um Comitê Gestor que, com certeza, deve ganhar bem
para isso, deveria trabalhar no sentido de preservar a segurança na
web.

2. O jovem, pelo que parece, criou
apenas para revender ao Partido dos Trabalhadores, já que, mesmo com uma marca
aparentemente registrada, esqueceram de registrar o domínio lula13! São coisas
bem ao estilo Brasil. Mas foi só alguém registrar o domínio, isso em junho de
2006, que agiram como crianças quando outra pega seu brinquedo, ou seja,
desandaram a chorar. Boa ou má fé, não sei. Estamos num mundo capitalista e
somente os mais rápidos e exspertos é que se dão bem. O jovem tentou vender,
apenas isso, já que o domínio esta atirado num canto.


3. Como o TSE realmente não poderia pedir que o Registro.br
tirasse o site do ar, pois, pasmem, eles não trabalham nos fins de semana, o
mais correto seria enviar e-mail ao dono do domínio, que jamais se escondeu,
deixando seus dados claros no Registro.br. Se fosse de má índole, como tantos
políticos no Brasil, teria usado um laranja ou CNPJ frio, com e-mail de outra
pessoa. Ou seja, o jovem, aceitem ou não, fez tudo exatamente o que o
Registro.br exige. Ninguém pode adivinhar se tal junção de letras e números vai
cair em uma marca. Era de se esperar que um partido com tantos anos já a tivesse
registrado.

Além disso, desde o inicio da web, vale quem chega primeiro – a menos, é
claro, que haja ação judicial, geralmente demorada da parte reclamante, se
houver registrado a marca. A menos que não existam mais marcas e patentes no
Brasil. Agora, por que o TSE enviaria e-mail e não um Sedex? Porque o jovem foi
obrigado a retirar a página do ar em 48 horas, contadas desde sexta-feira –
mesmo que a maioria dos órgãos públicos não trabalhe nos fins de semana (isso
quando trabalham durante a semana). Sinto uma pitada de maldade, aí,
sim.


4. A decisão de amedrontar o jovem na sexta-feira foi justamente
para que tirasse de livre e espontânea vontade o site do ar, dando a impressão
de que não foi coagido a nada. Como muitos apregoam com razoável razão, não está
configurada uma negação da liberdade de imprensa, já que havia assuntos ruins
sobre Lula, mesmo muitos sendo verdadeiros. O jovem foi coagido a tirar o site
do ar porque estaria usando marca de outra empresa, apenas isso, e não pelo
conteúdo. Será que cabe realmente ao TSE fiscalizar o uso indevido de marcas e
patentes no Brasil? Desta forma, como a manobra fui muito bem feita, o Brasil
continua um pais democrático, sim. Mas esperamos a mesma vontade de trabalhar do
TSE quando nós, simples mortais, tenhamos roubadas as nossas marcas.

Português Maltratadíssimo!!!

LÍNGUA PORTUGUESA
As
palavras na medida certa

Por Muniz Sodré em 30/10/2006 – OI

A imprensa escrita é certamente o melhor campo para a observação de um
pequeno fenômeno que hoje se acelera: o deslizamento semântico de palavras de
largo uso público. Algumas delas estão fora do espectro político ou econômico, a
exemplo de "patinar". De um tempo para cá, os jornais vêm fazendo crer que a
dificuldade num processo qualquer pode ser descrita pela metáfora da patinação –
"fulano está patinando nessa questão". Ora, considerando-se a habilidade
requerida para essa proeza, patinar é algo exitoso. Ao que parece, o significado
de "patinhar" (aí, sim, a dificuldade de se avançar na água ou na lama, que
também pode equivaler a chafurdar ou até mesmo remar) acabou deslizando para
patinar.

Isso talvez não tenha maior importância. Afinal, o vernáculo, às vezes à
margem do formalismo da língua, tem uma dinâmica própria, que pode ocasionar a
erosão semântica dos vocábulos. No francês de séculos atrás, gêner queria
dizer torturar, mas hoje é apenas "incomodar". Em português, palavras outrora de
uso castiço e literário resvalam na modernidade para o regionalismo vulgar e
vice-versa.

Em resumo, transformar-se, semântica ou onomasticamente, é próprio da vida
dos idiomas, e foi bem isto o que enfatizaram os modernistas de 1922, ao se
desviarem das formas habituais de expressão. "Os homens de 1922", dizia Sérgio
Milliet, "jogaram fora a roupa velha de damasco, apesar dos gritos das famílias
escandalizadas, apesar dos anátemas e das excomunhões dos pajés."

Alarmista e condenatório

Longe de nós, portanto, a intenção de ir de encontro às alterações
vernaculares inerentes ao curso natural da "fabulosíssima língua brasileira", de
que tanto se orgulhava Mário de Andrade. O que nos interessa aqui é frisar a
responsabilidade tradicional do jornalismo para com o idioma e chamar a atenção
para os casos em que os significados deslizam maliciosamente, em virtude de
inconfessas estratégias editoriais, com vistas a efeitos ideológicos precisos.
Veja-se, por exemplo, o verbo "dividir", aplicado ao contexto eleitoral. Para
alguns jornais e revistas semanais, os resultados da atual eleição presidencial
"dividiriam" o país.

Na realidade, o que está em questão como pano de fundo é, primeiramente, a
troca de influências sobre o percentual de votos que, no caso de Lula, foram o
crescimento no Norte e Nordeste e a queda no Centro-Oeste e Sul. Em segundo, a
questão é uma divisão especificamente eleitoral, como aliás comentou o colunista
Merval Pereira:

"O Sudeste ficou dividido: parte de Minas, Espírito Santo e Rio com Lula, e
uma parte de Minas e São Paulo com Alckmin" (O Globo,
29/10).

Como todo mundo sabe, repartição de votos é conseqüência óbvia e normalíssima
do funcionamento democrático das urnas, e não "divisão do país", como sugerem os
textos claramente interessados em demonstrar uma fissura sociopolítica entre a
região responsável pela arrecadação de 81% dos tributos nacionais e as outras
regiões a que se atribui o saldo restante.

Por trás dessa insinuada conotação negativa para a palavra "divisão" (em
termos de lógica do discurso, a resultante de uma proposição descritiva
particular para uma proposição normativa universal), está implícito o
significado alarmista e condenatório das preferências eleitorais de uma maioria
de votantes.

Hegemonia das representações

Na esteira semiótica dessa suposta fissura ganham vigor vocabular termos como
"elite" e "grotão", em geral descontextualizados. Elite – é impreciso o
significado desta palavra, pode-se mesmo chamá-lo de "significado flutuante",
mas serve para criar uma dicotomia em que se vislumbra uma luta presumida entre
ricos e pobres, uma variação emocional do conceito de luta de classes. Ele tem
circulação num indigitado discurso populista, mas a própria imprensa também o
emprega com a mesma vagueza, quando assim acha conveniente. Por exemplo, na
entrevista com um antropólogo, publicada por O Globo no domingo do
segundo turno da eleição, o repórter fórmula assim a pergunta:

"Essa concepção [a concepção de que a corrupção atual não impressiona mais
do que outras
] não foi incorporada por uma boa parte da elite e da classe
média que declarou voto em Lula?"

Quanto a "grotão", trata-se em princípio de lugares remotos, que se presumem
controlados por "coronéis" ou por máquinas partidárias. Mas ao se
substancializar de modo quase mitológico o vocábulo, esquece-se de dizer que a
realidade descrita por "grotão" aplica-se igualmente aos grandes conglomerados
urbanos, trabalhados por influências político-partidárias em nada em nada
modernas ou reformistas.

São muitos os exemplos e comportam uma busca pormenorizada. É trabalho a ser
empreendido tanto por leitores críticos quanto pela própria imprensa, pois já
não é mais nenhuma novidade a reflexão de analistas da cultura contemporânea – o
norte-americano Richard Rorty é um deles – sobre a importância das designações
na construção de uma realidade qualquer. A hegemonia das representações, campo
em que se trava o embate político-partidário, desenvolve-se também por meio da
"guerra" de posições terminológicas.

A culpa é da imprensa

CAMPANHA ELEITORAL
Os
inimigos da imprensa

Por Carlos Brickmann em 30/10/2006 – OI

O fenômeno é permanente, mas se torna muito mais visível em épocas de
acirramento de ânimos, como numa campanha eleitoral: um bom número de leitores
se convence de que a imprensa está "do outro lado", e não trata de assuntos
potencialmente danosos ao "outro lado". E, ao contrário, procura sempre
multiplicar os defeitos "do nosso lado", buscando incessantemente
prejudicá-lo.

Um caso interessantíssimo acaba de acontecer: Fábio Luís Lula da Silva,
"Lulinha", foi apontado numa reportagem de Veja como um cavalheiro que
enriqueceu rapidamente, por coincidência durante o mandato de seu pai, o
presidente Lula. A reportagem informou também que "Lulinha" estava instalado no
escritório de um renomado lobista de Brasília, APS, Alexandre Paes dos
Santos.

Desmontar a reportagem é fácil: basta provar que "Lulinha" não enriqueceu, ou
enriqueceu antes de seu pai ser presidente, ou que, mesmo tendo enriquecido no
mandato de seu pai, não teve qualquer favorecimento por parte do governo. Basta
demonstrar que o escritório de "Lulinha" não foi cedido pelo lobista. A prova de
que esta não é uma missão impossível ocorreu há algum tempo, quando o irmão do
presidente, "Vavá", foi acusado de fazer lobby. Verificou-se que nem recebido no
palácio ele era, e o assunto simplesmente desapareceu dos jornais.

No caso de "Lulinha", a reação foi até engraçada: tentou-se provar que Paulo
Henrique, filho de Fernando Henrique Cardoso, também se beneficiou durante o
mandato do pai, e que os meios de comunicação ignoraram as denúncias contra ele.
E onde é que os acusadores de agora foram buscar essas denúncias? Exatamente nos
meios de comunicação. O Google traz uma infinidade de páginas com as acusações
da oposição da época contra o filho do presidente.

A propósito, se o filho de um ex-presidente se comportou mal no passado, de
que maneira isso justifica o eventual mau comportamento do filho de um
presidente nos dias de hoje?

Outro dia, uma imensa lista de pessoas recebeu um e-mail urgente, de adeptos
do candidato Alckmin, informando que haveria um debate no SBT naquele dia e que
a imprensa estava ocultando a informação. Bom, todos os jornais tinham dado (e
mais de uma vez) os dados sobre o debate. A segunda rede de TV do país, o
próprio SBT, anunciava o debate em todos os intervalos. Blogs, colunas, ex-blogs
noticiavam os preparativos do debate.

E por que aqueles militantes achavam que a notícia não tinha sido divulgada?
Simples: primeiro, porque havia um motivo forte para escondê-la (Alckmin iria
triturar o adversário, moê-lo, devorá-lo com farinha, e por isso "o outro lado"
preferia que ninguém visse o debate). Segundo, porque, ocupadíssimo com a
campanha, o pessoal estava sem tempo para acompanhar o noticiário, e por isso
foi surpreendido pela notícia velha.

Não tem jeito: haja o que houver, a imprensa é sempre a culpada.

Categorias:Reflexões

Balanço das urnas

BALANÇO DAS URNAS
Novas
cantilenas sobre a mídia

Por Alberto Dines em 30/10/2006

Comentário para o programa radiofônico do
OI, de 30/10/2006

Na festa de ontem à noite [domingo, 29/10], as camisetas do presidente
Lula e de alguns dos seus ministros diziam que a reeleição foi uma vitória do
Brasil. A intenção era lançar as bases da reconciliação nacional. Infelizmente
ficou na intenção. No seu primeiro pronunciamento, o presidente reeleito não
conseguiu desativar o clima de palanque e declarou que o "povo foi incitado a
ter dúvidas sobre o governo, mas o povo sabia o que era verdade e o que não era
verdade". Ora, o povo foi incitado por quem? Dúvidas sobre o quê? Que verdade?

A não ser que o próprio presidente faça algum gesto para desmentir esta
impressão, tudo indica que ele não conseguiu esquecer a cantilena a respeito da
mídia. Sem a mesma veemência das últimas semanas, é verdade – mas com o mesmo
espírito.

A festa transformou-se numa entrevista coletiva improvisada. E em matéria de
mídia – foco central deste Observatório – o saldo não foi auspicioso.
Foram escolhidos apenas quatro jornalistas para fazer perguntas, não tiveram
direito a réplica e, o pior, o presidente foi na direção contrária da gratidão à
mídia manifestada no debate da Rede Record, há exatamente uma semana.

Politização fora de lugar

O comportamento de mídia nas eleições de 2002 foi bastante razoável. E por
quê? Porque a mídia sabia que estava sendo observada e quem se sente observado,
em geral, toma mais cuidado. Agora, em 2006, a coisa mudou. Quem ultrapassou o
sinal foram os observadores da mídia. Ou melhor, alguns observadores de mídia
que insistem em politizar algo que não pode nem deve ser politizado sob pena
comprometer a sua própria função.


IstoÉ poupada

É preciso lembrar que, em alguns momentos nesta campanha, a discussão sobre o
desempenho da mídia chegou a sobrepor-se à discussão sobre as privatizações ou
mesmo sobre a questão do gás boliviano. Mas, curiosamente, os mesmos críticos da
imprensa não se lembraram de examinar o único desempenho 100% vergonhoso do
episódio Vedoin – o papel da revista IstoÉ, pivô e razão de ser de todo o
escândalo.

Olhar para o futuro

A mídia não errou? Claro que a mídia errou, mas não como instituição. Assim
como não se pode dizer que o Partido dos Trabalhadores armou o Dossiê Vedoin,
mas, sim, alguns seus militantes "aloprados", da mesma forma não se pode lançar
suspeitas sobre uma instituição que será essencial para o desarmamento dos
espíritos.

Ressaca eleitoral

O Estado de S.Paulo foi o mais "alckimista" da imprensa nacional. Foi
alckmista mesmo antes da escolha de Alckmin: foi peça-chave na oposição à
candidatura de José Serra pelo PSDB. O jornalão deve ter acordado nesta manhã
com dupla ressaca.

Sarney derrotado

Antes que se comece a dizer que a mídia gaúcha foi a responsável pela vitória
de Yeda Crusius no Rio Grande do Sul, é preciso lembrar que Roseana Sarney foi
derrotada apesar do férreo controle que a sua família exerce sobre a mídia no
Maranhão. Comparativamente, o poder dos Sarney é ainda mais forte, já que se
exerce tanto no plano político como no plano da mídia. É bom não esquecer que o
leitor lê, o eleitor vota.

Para não esquecer

Os debates pela TV, as entrevistas às rádios e as sabatinas nos jornais
ofereceram ao eleitorado mais subsídios do que os horários da propaganda
comandados pelo TSE. Nunca houve tal participação da mídia. Este é um dado que
não pode ser esquecido quando se discute o desempenho da mídia nestas eleições
de 2006.

Ah, bom…

Crianças com máscaras de Halloween são confundidas com ladrões
Plantão | Publicada em 30/10/2006 às 13h35m
Reuters/Brasil Online

BERLIM (Reuters) – Duas alemãs confudiram crianças fantasiadas para o Halloween com um grupo de assaltantes de banco mascarados. Elas estavam dentro de um carro com as janelas pintadas em frente a um banco, o que levantou suspeitas e resultou em um chamado à polícia.

As duas mulheres da pequena cidade de Bad Zwischenahn, no norte da Alemanha, viram separadamente o veículo, disse a polícia nesta segunda-feira. Mas o carro partiu antes de a polícia chegar.

Autoridades interceptaram o veículo duas horas depois e detiveram o motorista e três passageiros, que eram crianças usando fantasias de Halloween.

“Recebemos uma ligação de que havia ‘pessoas mascaradas em frente a um banco’ e pensamos se tratar de um assalto”, disse o policial Juergen Harms.

“Depois que pegamos o homem e as crianças… conseguimos perceber rapidamente que se tratava de um caso de confusão de identidade”, acrescentou.

“Foi difícil para as testemunhas verem que eram três crianças vestindo máscaras de Halloween”, afirmou Harms, acrescentando que a polícia agradeceu às mulheres por terem sido rápidas e estar vigilantes.

(Por Erik Kirschbaum)

Categorias:Saúde e bem-estar

Dragão “Adormecido”

30/10/2006 – 13h30

Relatório dos EUA questiona papel da China no mundo

Publicidade

da
Folha Online

Apesar do crescente poder –e riqueza– da China, o
país pode não desejar nem estar pronto para ter um papel de grande
responsabilidade em um sistema internacional voltado para a paz e a
estabilidade, afirmou nesta segunda-feira um relatório elaborado por uma
comissão do Congresso dos Estados Unidos.

O relatório concluiu que a
adesão da China a obrigações estabelecidas pela Organização Mundial de Comércio
ainda é esporádica e faltosa, cinco anos depois de o país ter se tornado um
membro. O documento diz também que o comprometimento do país com suas
responsabilidades geopolíticas é "ainda mais
questionável".

Energia

"O contínuo recorde chinês na
proliferação [nuclear], incluindo sua indulgência com os programas nuclear e de
mísseis da Coréia do Norte e seu envolvimento com os programas do Irã, é
profundamente desestabilizador", diz o relatório, que foi elaborado pela
Comissão de Revisão da Segurança e Economia da China.

"A aparente
inclinação da China em valorizar sua própria geração de energia acima das
necessidades da segurança internacional é um indício de uma nação ainda
despreparada para carregar o fardo de um Estado estabilizador."

Este é o
quarto relatório anual elaborado por essa comissão, criada para examinar as
implicações do comércio entre EUA e China para a segurança nacional. A comissão
é controversa, sobretudo pela percepção de que seus membros tendem a criticar a
China.

Com Reuters

Categorias:Organizações

Visitas no Blog

Obrigado a todos pelas felicitações sobre as 10.000 visitas, os pedidos de matéria, as contribuições que me mandam e pela audiência no Blog. Como não dá para responder a todos, agradeço aqui neste espaço. Lembrem-se que o endereço do Blog está no meu MSN, posso mandar por e-mail aí do lado ou ainda pode ser lido pelo Feed Reader.

Inté.

Rui Barbosa

Se Rui Barbosa estava certo aquela época eu não sei, mas que ele teve visão
de futuro eu garanto.
 
‘Sinto vergonha de mim’!
 
Por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade e
por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
 
 
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
 
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.
 
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo
que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer…
 
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
 
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
 
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!
 
 "De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
 
Rui Barbosa
Categorias:Reflexões

Nosso papel na sociedade

Que Sociedade é Essa
Nelson Sganzerla

Hoje acordei
indignado. Tem dias que acordamos assim, com certa indignação por tudo a nossa
volta.

Indignado com tantos sapos que nos fazem engolir.
Indignado com
tanta mentira, tanto tapinha nas costas.
Indignado com tanta gente nas
esquinas, pedindo uma moedinha.
Indignado com tanto subemprego em cada ponto
de ônibus ou passarelas da nossa cidade.

É! Eu sei… Já parei para
pensar:

Indignação, com camisa passada e roupa lavada é muito fácil de
ter.
Indignação, com uma qualidade de vida acima dos padrões do nosso país é
tranqüilo ter.

Acontece que as pessoas têm vergonha de se dizerem bem de
vida, têm vergonha de se valorizarem como indivíduos.
As pessoas não querem
se mostrar como elas realmente são e como vivem.

A maior indignação é o
que a sociedade faz das pessoas, o que a sociedade transforma nas das pessoas.

Em geral, quem não vence na vida vê com desconfiança aquilo que seu
semelhante conseguiu.

Ignoram o direito que também têm de conseguirem
ser vitoriosos; preocupam-se com a vida alheia.
– Nosso vizinho deve estar
metido em alguma falcatrua!
– Ele não trabalha, está sempre em
casa!
Quanto mais fazem isso, quanto mais energias gastam com isso, mais se
atolam.

Eu diria que depois da Igreja, o grande problema e o grande freio
da humanidade é a sociedade.
Em nome dessa sociedade hipócrita, as pessoas
são tolhidas de seus sonhos, achando que nunca terão nada na vida, a exemplo do
que a maioria das pessoas simplórias diz:
– O que fazer? Deus quis
assim.
– O dinheiro não traz a felicidade!
– Eu não sou
ambicioso!

Em nome dessa sociedade, pessoas são doutrinadas a serem
infelizes, pois a felicidade vem sempre acompanhada de tristezas, portanto, não
dá para ser sempre feliz.

Não é o que dizem?

Em nome dessa
sociedade, as pessoas devem aprender a baixar a cabeça para tudo e para todos;
afinal, deve existir respeito. Respeito para com os poderosos, respeito para com
os mais velhos; não é isso que nos ensinam ao longo da vida?

Em nome
desse respeito, os poderosos, os gananciosos todos mais velhos – pois canalhas
também envelhecem – somos massacrados por esse poder vil, por esse rio de
sujeiras.

Vemo-nos alijados de coisas básicas em nossas vidas e cada vez
mais esses senhores, que a sociedade nos ensina a respeitar, passam com suas
comitivas de batedores ao lado das nossas janelas.

Em nome dessa
sociedade, nossas crianças aprendem nos colégios de grife a cultivarem o
preconceito pelos mais necessitados, achando que podem desrespeitar a todos que
não se enquadram em sua classe social.

Em nome dessa sociedade,
portadores de alguma necessidade especial são vítimas de preconceito, no seu
convívio social e pouco ou nada se faz em favor de uma melhor qualidade de vida
dessas pessoas.

Em nome dessa sociedade, moradores de rua são espancados
e levados para lugares longínquos como se fossem cães
sarnentos.

Ensinam-nos a sermos medíocres, a não nos valorizarmos como
cidadãos e como indivíduos; a não lutarmos por nossos ideais.

Não queira
isso para você! Valorize-se, acredite no seu sonho e no seu ideal de vida. Não
seja medíocre como infelizmente tantos foram e tantos são. Conquiste seu espaço,
não inveje o seu semelhante. Você pode ter tudo o que ele tem e até muito mais.

Descubra-se, seja grande e seja você.!

Pense nisso.
Muita
Paz

Categorias:Reflexões

O porquê da vitória de Lulla

COMO DERROTAR LULA
Alckmin e sua
burrice.

A inteligência
de Lula.

(  À
maneira de Diogo
Mainardi)

 


 

O
subtítulo desta matéria

tem
duplo sentido:

 sua
burrice.

 

Sua,
leitor, e sua de Alkmin e equipe.

 

Lula,
sabemos, tem uma inteligência

 intuitiva rara. Como
combatê-la?

 

A
classe média, nós,  burrinhos, tem muita dificuldade de entender isso.

Vamos
explicar direitinho, com paciência,

como
se você fosse uma loura.


A
pirâmide eleitoral tem a seguinte composição:

70% são a
base, composta dos semi-letrados,

 os
sem internet, sem jornal, sem revista,

sem tv
a cabo, sem rádio talk-news.

 

 A
classe média corresponde a 25%, somos nós,

 os
letrados (conseguem ler e escrever),

os com
internet, com jornal, com revista,

com tv
a cabo e com rádio talk-news.

 

O
restante, 5%, é o topo.

E o
topo, você sabe,

é o
topo, não tem ideologia, não tem partido,

e
adere a quem lhe oferecer

 mais
vantagens e menor risco.


Para
vencer o Lula

nós
precisamos da metade da base (35%),

mais 18%  da
classe média

e 2% do topo.
Pronto.

Fez a soma? 
55%, Alkmin eleito.


Pergunta
primária: 

 para  quem
Alkmin deve falar? Para os 35%.

O que ele tem
feito?

Falado,
repetitivamente,

para os 20%  
que já são dele.

 

 Os 20% já
estão cochilando, com náuseas,

já sabem o
discurso de có  e salteado:

emprego e
renda, desenvolvimento,

choque de
gestão, ética.

Com licença
que vou tirar um ronco.

Os
semi-letrados têm dificuldade

de entender
palavras, frases, raciocínios.

 Eles
trabalham com símbolos:

o Galo (o
Clube Atlético Mineiro), a pinga,

o carrinho de
massa, a trouxa de roupa,

o Porco
(Parmêra), as cores dos ônibus.  

 

Aqui reside
um pequeno detalhe,

característica
da democracia,

o voto do
semi-letrado, com todaa dificuldade

que ele tem
de entender qualquer coisa,

vale tanto
quanto o do doutorzão 

 com MBA em
Harvard.

Eita, ferro.


Falar aos
35%  é uma especialidade

que pessoas
como Silvio Santos,

Gugu,
Ratinho, Lula, dominam.

São o carnê
do Baú  (Baú, Baú da Felicidade…),

 são os
testes de DNA e, por fim,

 

"Minha
gente,

o
que eu quero dizer a vocês é o seguinte:

com
o bolsa família a gente já encheu os pratos

de
comida de muita gente.

 Nós
vamos encher muito mais…!"

Prato,
comida, são símbolos.
Só com símbolos consegue-se comunicar

com
os semi-letrados. 

 

Exemplo:
Lula é 13. Treze dá azar.

 O
13
é
vermelho
,
coisa
ruim
,
coisa
do capeta
,
sangue,

cor
dos vampiro;  
Lula
é até bonzinho,

mas
é 13 e 13 é ruim.

Lembra
de Zagalo, é 13. Deu azar

na
Copa do Mundo na Alemanha.
O outro, o doutor, é 45.

E
45 na numerologia é 9 (quatro mais cinco),

 o
numero da camisa de Ronaldinho.

Aquele 
é craque.

Craque
e comedor.

Você
viu cada avião que ele pega? 

 

  Deus, Nossa
Senhora: 
a cor do 45 é azul, cor do céu. Que
beleza!

 E é tucano,
verde amarelo, um bicão

comprido,
bonito.

O outro, o
13, é uma estrela vermelha.

Onde já se
viu?! Deus me livre.

 

Na hora de
votar, dois números seguidos 4 e 5, 45. Confirma: Trim…im.. im… Gozado:
trim… im…im…. E apareceu a foto do doutor…. caramba….

como é que
pode, cumpadre?

Que negóço
avançado, caraca.


Choque de
gestão, emprego e renda, ética.
Sinceramente, doutor, não entendi nada

do que o
senhor falou.  Choque de quê?

 Esse negócio
de choque eu não gostei. Renda?

Minha sogra
faz uma rendinha tão bonitinha,

aprendeu com
a mãe dela.


Ética? O
senhor vai desculpar minha ignorância

mas eu não
entendi nadinha do que o senhor falou. Como é que se fala? Ética? Não, sei, não.

 

Esses
textos na internet são muito bonitinhos,

mas
os 35% não têm internet, nem sabem ler direito.
Os semi-letrados são
essencialmente orais

 e
se comunicam por símbolos.


Falando
com Rogério, o porteiro: se o 45 vencer

as linhas de
ônibus vão ficar bem melhores. 

 

Celestina, a
faxineira: se o 45 vencer esses vagabundos que ficam por aí tomando os
vales-transporte vão tudo pra cadeia.

 

Para dona
Rosário, na fila do posto de saúde:

 se o 45
ganhar, ele é doutor, é médico,

essa porcaria
aqui vai endireitar.

Eu quero só
ver a cara daquela sujeitinha

dizendo que o
remédio acabou. Eu quero só ver!


Deu para entender? Ou quer que explique
mais???

Oh,
sujeito burrinho! 

Essa
classe média, os com internet, com jornal,

revista
e tv a cabo, radio talk-news


sabe ficar mandando e-mail.


Curiosidade 
legítima de Henrique, o meu garçom: – Quando o senhor começou prosear

disse que ia
falar como o Diogo.

Que mal lhe
pergunte – Quem é esse Diogo?

 É aquele
jogador de futebol?

Observações:


1) Para
se eleger Geraldo, Geraldão, Doutor Gê, Geraldinho, Álquimi, 

que a classe
média chama de Alckmin,

tem
que ir onde o povo está
.


2) Jamais
queira explicar onde nasceu Geraldo: Pindamonhangaba. Se tiver necessidade,
exemplifique: ele nasceu numa cidadezinha do interior de São Paulo, de nome
complicado, lá   perto de Aparecida do Norte.

Ele é devoto
de Nossa Senhora Aparecida.


3) Repare
como o Geraldo anda bem acompanhado, Aecinho, Zé Serra, Fernando Henrique, o
prefeito do Rio, César Maia.

Tudo gente
estudada, sabida, competente.


4)
Repare com quem Lula anda:

Zé Genoíno
(safado que esconde bufunfa na cueca dos empregado), Marcos Valério (carequinha
cara-de-pau), Ricardo Berzoini (roubou dos véinho aposentado, tadinho dêss),

Fernando
Collor (o mauricinho que tomou nossa poupança).

 

Tudo
ladrão, tudo com processo. Esse pessoal

 tá
tudo com  folha corrida suja, nome na políça.

Se
o Brasil fosse um país sério  tava tudo

na
cadeia, vendo o sol quadrado.

 Tá
tudo querendo voltar para continuar roubando.

Categorias:Reflexões

Bicha Vingativa

A
Bicha Evangélica
A bichinha recém convertida está indo para a Igreja, nariz
todo empinado,
com a Bíblia debaixo do braço…
Nisso, passa um caminhão
cheio de homens, que gritam:
– Viaaaaado !!!
– Gaaaaayyyy !!!

Queima Roooooosca !!!
De repente, o caminhão perde a direção, bate num poste
e explode…
Morre todo mundo !!!
A bicha pára, olha para o caminhão
pegando fogo, solta a Bíblia no chão,
coloca as mãos na cintura, olha pro
céu e diz:
– Jesus…Você arraaaaaaaaazou
Categorias:Piadas

Frase das Eleições

Acabei de ver num MSN alheio:

"É Lulla de novo! Com a força dos Bobo!"

Inté.

Categorias:Frases

Código Aleijadinho é ambientado em Mariana e outras cidades históricas


25
/
05
/2006 – O Código Aleijadinho é lançado no Brasil  

RIO DE JANEIRO, Rio de Janeiro
– Apesar da intensa chuva desta última terça-feira (23/05), Ipanema
enveredou mais uma vez rumo às intrigantes rotas da leitura, com o
lançamento do mais recente título do mercado editorial: “O Código
Aleijadinho”.
 
O autor Leandro Müller deu uma entrevista
exclusiva ao site Revista Museu sobre a trajetória de elaboração do seu
primeiro livro, cuja idéia embrionária o levou a desenrolar uma
intrigada trama, envolvendo a morte de um especialista em arte barroca.
Para a elaboração de sua obra, o autor passou alguns meses realizando
uma intensa pesquisa de campo, em tempo real, através das cidades
históricas de Minas Gerais, no intuito de possibilitar ao leitor uma
emocionante viagem ao Brasil do século XVIII.
 

O
embrião desta trama partiu de uma idéia de três livreiros, na
realidade, de três amigos que sempre se encontravam no Bar 20, em
Ipanema, até que um dia, um deles resolveu levar a sério aquela
conversa e jogar os holofotes num thriller ambientado num dos cenários
mais ricos do Brasil: as cidades históricas de Ouro Preto, Tiradentes,
Mariana, Congonhas, além do Rio de Janeiro e outros locais.

O
morto era diretor do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional
(IPHAN), e seu corpo foi encontrado no interior da famosa Igreja da Sé
de Mariana, em Minas Gerais. Pouco antes, ele havia telefonado para um
amigo dizendo ter feito uma descoberta que iria “revolucionar o mundo
da arte”.
(trecho da sinopse)

A Editora Garamond divulga maiores detalhes sobre o seu mais novo livro da série Editora Espaço e Tempo:
 
O Código Aleijadinho
(…)
Gradualmente, vemos o grande artista Antônio Francisco Lisboa (o
Aleijadinho) e seus doze magníficos profetas de pedra surgirem no
centro de uma espantosa conspiração para encobrir um segredo protegido
com todo zelo, e por vezes com métodos mortíferos, pela primeira
sociedade secreta de que se tem notícia. Um segredo verdadeiramente
assombroso que estava perdido há mais de duzentos anos, cuja chave é um
código oculto nas obras de arte do barroco mineiro.

Fruto de
intensa pesquisa de campo e quase um ano de estudo, O Código
Aleijadinho mescla com perfeição uma história de suspense e ocultismo
com informações reais sobre arte, arquitetura, religião, a
Inconfidência Mineira – e própria descoberta do Brasil. Um livro
eletrizante que prende o leitor do início ao fim.

 


Leandro Müller no dia do
lançamento do livro,
na Livraria da Travessa

Sobre o autor
Leandro
Müller nasceu em 1978, na cidade de Juiz de Fora, MG, e cresceu em
Volta Redonda, RJ. Estudou na Escola de Comunicação da UFRJ, onde se
formou em Jornalismo e em Publicidade e Propaganda. Desde 2000 se
dedica à atividade editorial e já trabalhou em todas as áreas do setor.
Atualmente cursa sua terceira faculdade, estudando Filosofia na
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

 
Confira a entrevista com Leandro Müller:
 
RM: Onde você nasceu e qual é a sua área de formação?
Leandro:

Eu sou mineiro, nascido em Juiz de Fora, mas eu vim para o Rio de
Janeiro há 8 anos, após morar em Volta Redonda (RJ). No Rio, eu me
formei em Jornalismo e em Publicidade e Propaganda pela UFRJ.
 
RM: Como foi desenvolvida a idéia do livro?
Leandro:

O livro surgiu a partir de uma idéia em conjunto, de três amigos: eu, o
historiador Silvio Siffert e o advogado Roberto Pedretti, este último
responsável inclusive pelo título “O Código Aleijadinho”. A
contribuição deles seguiu até a parte da pesquisa, já que na época eles
não podiam seguir com o desenvolvimento do livro.
 
RM: Qual foi a rota percorrida para a constituição da narrativa?
Leandro:

Quando o Silvio e o Roberto abandonaram o projeto, eu mudei a concepção
da idéia, pedi demissão do emprego e resolvi investir todo o meu
dinheiro para poder me dedicar totalmente ao projeto do livro. A partir
daí, eu passei um tempo no Rio preparando a estrutura do livro, através
de pesquisas na internet e de visitas a bibliotecas e instituições.
Depois, eu parti para a pesquisa de campo, passei um mês viajando,
fazendo a trajetória do livro em tempo real, sobretudo para
verificar se eu chegaria nos horários certos no museu, cronometrando o
tempo e checando a luminosidade, já que várias cenas dependiam do
entardecer. Os detalhes que eu não consegui confirmar foram cortados do
livro. Um exemplo disso (que eu lamentei muito), foi a retirada da
cidade de Sabará do circuito. Grande parte do livro era passada em
Sabará, mas que teve que ser cortada por falta de verba. Eu resolvi
manter a trajetória do livro, que sai do Rio de Janeiro, segue para
Mariana, Ouro Preto, Congonhas, São João Del Rei, Tiradentes, retorna a
algumas cidades e termina  na cidade de Congonhas, com o desfecho da
trama.
 


Leandro autografa "O Código
Aleijadinho", em Ipanema (RJ)

RM: Em quanto tempo foi desenvolvido O Código Aleijadinho?
Leandro
:
O projeto levou um ano para ser finalizado. De janeiro até maio, eu fiz
quatro meses de pesquisa inicial, e, em seguida, dei início ao roteiro.
Os meses de julho e agosto foram dedicados à pesquisa de campo, e, em
dezembro, eu consegui acabar de escrever o livro.
 
RM: Na pesquisa de campo, que fontes você utilizou ao percorrer as cidades históricas?
Leandro:

Eu olhei algumas coisas, mas eu utilizei bastante fontes orais,
aproveitando o relato de historiadores, pesquisadores de bibliotecas,
padres e responsáveis pelas instituições.
 
RM: Como foi essa busca pela publicação do livro nas editoras?
Leandro:

A princípio, eu procurei grandes editoras, como a Ediouro, a Sextante,
a Record, mas nenhuma delas me respondeu a tempo. Eu imagino que por
serem empresas de grande porte e pelo volume de propostas, o processo
de seleção deles seja mais lento. Nessa época, o Ari, da Editora
Garamond, estava precisando de um livro de potencial (best seller)
para realizar o relançamento do selo “Espaço e Tempo”. Acabei sendo
apresentado a ele por um amigo comum e, após ler o livro, ele quis
publicar a obra. Tudo deu certo após um mês e meio de intenso trabalho.
 


O autor em entrevista
exclusiva ao RM 
(maio/ 2006)

RM: Existe alguma intenção em transformar O Código Aleijadinho em roteiro turístico?
Leandro:

A intenção não foi minha, mas o pessoal de turismo de Minas Gerais fez
uma proposta para desenvolvimento de um roteiro específico dos
personagens. Como eu tenho o roteiro pronto, será feito um tour especial
do livro, para ser apresentado para as empresas nacionais de turismo e
até para empresas internacionais que fazem pacotes para o Brasil. Eu
acho importante pegar esse percurso para auxiliar na divulgação da
nossa história.
 
RM: Com relação à transformação do livro em filme, você já recebeu alguma proposta?
Leandro:

Eu já recebi uma proposta para realização do filme de uma das maiores
produtoras do Brasil e o projeto já se encontra em fase de negociação,
com o lançamento previsto provavelmente para 2007.
 
Acompanhe
os breves depoimentos dos livreiros Silvio Sampaio Siffert e Roberto
Pedretti Machado, dados no dia do lançamento da obra:
 


Os amigos Roberto, Leandro
e Silvio (da esq. p/ direita)
  se reencontram no dia do lançamento
do livro "O Código Aleijadinho"

RM: Como vocês se conheceram e chegaram à idéia do livro?
Silvio:

Bem, eu sou de Teresópolis e me formei em História pela UFRJ. Nós três
éramos livreiros da Livraria daTravessa de Ipanema e nos conhecemos
aqui mesmo. Toda vez que saíamos, a gente conversava bastante. Nós
tínhamos muita afinidade e sempre estávamos trocando livros e idéias. A
nossa leitura era muito voltada para esse material que chamamos de
“underground”. Nessa época, há uns dois anos, a gente vendia muito o
livro “Código da Vinci” e numa das nossas idas ao Bar 20 (aqui do
lado), que é um ponto-de-encontro dos livreiros de Ipanema, nós
pensamos em criar um código nacional. A partir daí, pegamos o
Aleijadinho e a arte barroca e começamos a formatar o esqueleto do
livro. O Leandro foi o mais empolgado dos três e resolveu embarcar para
Minas. Nessa hora, eu e o Roberto tivemos que ficar, mas o Leandro
largou o emprego e seguiu em viagem. Eu continuei trabalhando em
livraria (hoje eu trabalho na Argumento), mas a gente sempre se
comunicou por e-mail. A graça é que a brincadeira de bar entre
livreiros acabou dando certo e hoje o “O Código Aleijadinho”
encontra-se ao lado do “Código Da Vinci” nas prateleiras das principais
livrarias.
 
RM: Qual é a sua formação e como se deu o envolvimento com relação ao Código Aleijadinho?
Roberto:

Meu nome é Roberto Pedretti Machado. Eu sou formado em Direito e,
depois, me tornei livreiro “por adoção”. O contato com o Leandro se deu
por várias conexões, não só da livraria como de amigos em comum. Numa
das nossas conversas casuais, ao falarmos da repercussão do "Código Da
Vinci", nós imaginamos como seria interessante que fosse feito algo que
envolvesse mistério e obras de arte, valorizando a cultura brasileira.
E aí surgiu a idéia de que o livro se baseasse na obra de um artista
tão importante para o Brasil quanto Leonardo Da Vinci é para a Europa.
E este artista tinha que ser o Aleijadinho. A escolha dele também era
importante para demonstrar a genialidade dos nossos artistas. O
resultado foi uma narrativa de ação interessante, caminhando pelos
meandros da cultura nacional. Sem dúvida, o Leandro fez a parte mais
difícil, que é escrever.

Fonte: Editoria RM – Janine Ojeda

Categorias:Livros

DEUS NÃO É SURDO!!!

Universal é condenada a multa de R$ 296 mil por poluição
sonora

A Igreja Universal do Reino de Deus, em Farroupilha (RS),
deverá pagar multa de R$ 296.709 por não cumprir um termo de ajuste firmado com
o Ministério Público, para não produzir poluição sonora. A decisão foi
confirmada pela 3ª Câmara Cível do TJ-RS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do
Sul).

Segundo o TJ-RS, a decisão foi tomada em apelação cível feita pela instituição.
A Igreja alegou que os laudos de medição acústica elaborados pela Patrulha
Ambiental da Brigada Militar de Caxias do Sul não condizem com a realidade. A
Justiça de primeira instância entendeu que a ação apresentada pela Igreja não
servia para questionar a eventual falsidade ideológica dos laudos.

A relatora do recurso da Igreja Universal, desembargadora Matilde Chabar Maia,
ratificou a sentença. Segundo ela, a falsidade material é aquela que se comete
pela fabricação falsa de documento ou de título. Já na falsidade ideológica, o
título ou documento se mostra verdadeiro, mas o seu conteúdo não é verdadeiro.

Na avaliação da magistrada, a intenção da Igreja Universal é questionar a
declaração contida nos laudos. O incidente de falsidade documental é
procedimento que serve para afastar do processo prova documental materialmente
falsa. “Não serve, entretanto, para expurgar prova documental na qual haja
vício de consentimento —falsidade ideológica.”

Acompanharam o voto da relatora o desembargador Nelson Monteiro Pacheco e o
juiz-convocado ao TJ Mário Crespo Brum, no julgamento realizado nessa
quinta-feira (26/10).

Sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Categorias:Organizações

Como funciona a lavagem de dinheiro…

27/10/2006 – 21h59
PF identifica uso de "laranjas" desde de
2000 pela Vicatur

CUIABÁ (Reuters) – A Polícia Federal identificou que os sócios da agência de
câmbio e turismo Vicatur utilizam "laranjas" há seis anos, com alto grau de
cumplicidade, e informou que já tem a confirmação de que 44 mil dólares, dos
248,8 mil dólares juntados para a compra de dossiê contra políticos do PSDB,
partiu dessa agência.

"Um dos sócios da Vicatur confessou o uso de ‘laranjas’ desde 2000", disse a
jornalistas o superintendente da unidade de Mato Grosso, Daniel Lorenz de
Azevedo.

Segundo a Polícia Federal, a empresa funciona como uma espécie de
"lavanderia" profissional de recursos financeiros.

"Há uma vinculação de um dos sócios da Vicatur com um dos ‘laranjas’. É
explícita (…) não sabemos se são parentes", acrescentou Azevedo. "Eles usam os
‘laranjas’ em um determinado momento e jogam fora."

Os dois sócios da empresa, Fernando Ribas Soares e Sirley da Silva Chaves
Soares, foram indiciados pelo delegado Diógenes Curado Filho, responsável pelo
inquérito dos crimes contra o sistema financeiro, uso de documento falso,
formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal abriu inquérito também contra a fundadora do PSDB e
secretária do partido em Pouso Alegre (MG), Rosely Pantaleão, que se passou por
jornalista para fornecer supostas informações para as investigações.

O delegado Dógenes Curado Filho recebeu o inquérito policial da Justiça
Federal com ampliação de prazo da investigação, que ainda não foi definido, mas
que de acordo com o superintendente pode ser de 30 dias.

(Por Jonas da Silva)

Categorias:Pense Direito

Notitas do Debate- – Blog do Noblat

DEBATE- Quem Alckmin escolheu

Alckmin, José Serra e Aécio Neves se encontraram no heliporto da Lagoa
para dali, de helicóptero, voarem para o Projac no Bairro de Jacarepaguá. Na
hora do embarque no helicóptero reservado para Alckmin só havia mais um lugar
disponível.

Alckmin convidou Aécio para acompanhá-lo. Serra foi em outro
helióptero.

DEBATE – Já foi melhor

O bufê oferecido pela Globo aos convidados deste debate está fraquinho se
comparado ao bufê do debate que marcou o fim do primeiro turno.

Deve ser retaliação em cima de Lula – mas sobrou para todo
mundo.

Novo penteado da Fátima Bernardes

Na falta do que fazer, já que a política está resolvida e o escândalos já não chocam mais, com certeza o novo corte da cabelo de Fátima Bernardes será o maior tema de discussão no Brasil nos próximos dias, assim como o foi há algum tempo, quando utilizou a tal Chapinha Japonesa…

Dizem as más línguas que, depois de agüentar um monte de pseudo-amigos malas e "repórteres fotográficos" mais malas ainda na festa dos trigêmeos, além dos próprios ditos-cujos, começou a perder cabelo e utilizou o truque do cabelo de executiva para não transparecer a queda de cabelas e arrasar a audiência…

Inté.

Categorias:Passatempos

Gratuitos no lixo

EUA
Gratuitos entopem
esgotos de Nova York

em 27/10/2006 – OI

Uma força-tarefa da Autoridade Metropolitana de Transportes de Nova York
descobriu que a principal causa de inundação nos trilhos do metrô é o acúmulo de
jornais gratuitos distribuídos aos passageiros. Restos de jornais como o AM
New York
e o Metro deixados nas estações acabam voando e caindo nos
trilhos e entopem canos de esgoto – e seriam parcialmente responsáveis pela
séria inundação em setembro de 2004 que afetou 15 linhas do metrô.

"Jornais distribuídos foram e continuarão a ser a principal causa de
entupimento dos canos", afirmou Barry Feinstein, que comandou a investigação.
Feinstein ressaltou que, apesar de o sistema de esgoto entupir também por outras
razões, as inundações pioraram desde o lançamento dos jornais gratuitos, há três
anos. Sua maior reclamação é quanto aos restos de páginas deixados para trás
logo após a hora do rush pela manhã. Além de bloquear os canos de esgoto, eles
também são um risco para incêndios.

Reciclagem

O AM New York tem circulação diária de 325 mil cópias, e o
Metro, de 300 mil. Uma porta-voz do Metro afirmou que o jornal
está fazendo todo o possível para resolver o problema. "Nós criamos um programa
de reciclagem que encoraja os passageiros a redistribuir os jornais que pegam",
diz, completando que o objetivo é que pelo menos 40 mil jornais sejam
reaproveitados por mês.

Um porta-voz do AM New York rebateu a acusação de Feinstein de que os
jornais são distribuídos dentro do metrô. Segundo ele, tanto o AM New
York
quanto o Metro são entregues apenas do lado de fora das
estações, e apenas os jornais pagos são encontrados nos quiosques das
plataformas.

Feinstein diz que, mesmo que jornais pagos também sejam encontrados nos
canos, eles aparecem em menor volume do que os gratuitos. "As pessoas pagam por
estes jornais e os levam para o trabalho. Elas não os deixam no metrô".
Informações de Annie Karni [The New York Sun, 26/10/06].

Da Série: Esse povo me mata de vergonha…

27 de outubro de 2006 – 19:43 – Estadão.com.br

OAB-RJ cria ´lista negra´ de advogados

O cadastro pode impedir juízes,
procuradores e promotores que cometerem ofensivas às prerrogativas da OAB de
exercerem a advocacia depois de aposentados

Rodrigo Morais

RIO – Um cadastro criado pela seção fluminense da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) pode impedir juízes, procuradores e promotores
de exercerem a advocacia depois de aposentados. Recebido no meio jurídico com
polêmica, o cadastro é uma espécie de "lista negra" e reunirá nomes daqueles que
cometerem atitudes consideradas ofensivas às prerrogativas dos advogados.

Obstruir o acesso de advogados aos seus clientes ou a recintos da Justiça são
exemplos de práticas que violam o Estatuto da Advocacia, criado por lei federal.
Outro direito dos advogados é dirigir-se diretamente aos magistrados, ocasião em
que o tratamento respeitoso deve ser observado. No entanto, as associações que
representam procuradores da República e juízes federais consideram a iniciativa
da OAB-RJ ilegal.

Com um nome pomposo, o Cadastro Estadual de Agentes de Atos Geradores de
Incompatibilidades com o Exercício da Advocacia (Ceagin) começou a funcionar em
setembro. Juízes, procuradores e promotores são proibidos por lei de atuarem
como advogados e, por isso, tiram licença da OAB para assumirem os cargos. Ao
deixarem a carreira pública, podem reativar sua inscrição na ordem. Quem entrar
na lista, no entanto, perderá esse direito.

Critérios

"É muito fácil violar prerrogativas, desrespeitar o advogado, arranhar a
imagem da OAB, e depois, ao se aposentar, pegar a carteira e dizer: somos
colegas. Negativo, não merece ter a carteira de advogado", disse presidente da
OAB-RJ, Octávio Gomes, ao Estado.

O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR),
Nicolao Dino, porém, afirmou que o Ceagin é "manifestamente ilegal do ponto de
vista jurídico" e "estabelece critérios discriminatórios sem sustentação no
ordenamento jurídico". O presidente em exercício da Associação dos Juízes
Federais (Ajufe), Nino Toldo, também criticou a iniciativa. "Penso que isso não
tem fundamento legal nem constitucional. Parece uma idéia de retaliação a
alguém, uma forma de intimidação", disse.

Categorias:Pense Direito

Pra quem acha que a Globo é protegida…

27 de outubro de 2006 – 19:56 – Estadão.com.br

TRE-RN tira afiliada da Globo do ar por 24 horas

A PF foi à emissora, que desde às 17
horas passou a cumprir a ordem judicial

Rodrigo Pereira

NATAL – O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do
Norte suspendeu por 24 horas a programação da TV Cabugi, afiliada da
Rede Globo no Estado, por desobediência à lei eleitoral.

A Polícia Federal foi à sede da emissora, que desde às 17 horas desta
sexta-feira passou a cumprir a determinação judicial. A TV Cabugi conseguiu
liminar para transmitir o programa eleitoral gratuito e o debate presidencial e
tentava na noite de sexta reverter a decisão.

Segundo o tribunal potiguar, a Cabugi foi punida por ter recebido
notificação e descumprido ordem judicial proibindo a veiculação de entrevistas e
imagens do vice-governador Antonio Jacome no programa eleitoral do senador
Garibaldi Alves Filho, adversário da candidata à reeleição Vilma de Faria (PSB).
Jacome e Vilma romperam no segundo turno e o vice passou a apoiar Garibaldi
Filho.

Representantes da emissora disseram que receberam telefonema de um juiz
eleitoral informando a decisão, mas decidiram manter a veiculação das imagens de
Jacome por não receberem nenhuma documentação do tribunal potiguar.

Categorias:Organizações