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Archive for junho \30\America/Sao_Paulo 2007

Trem-bala?

Crise aérea é usada para defender trem-bala entre Rio e São Paulo


Agência Estado
A crise do setor aéreo está sendo usada como argumento de defesa do
trem-bala (ou trem rápido de passageiros) entre Rio e São Paulo. Os
atrasos enfrentados pelos passageiros nos aeroportos foram citados
várias vezes em seminário realizado nesta sexta-feira na sede do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio, para
justificar a emergência de investimentos no transporte sobre trilhos no
País. A Agência de Desenvolvimento de Trens Rápidos entre Municípios
(ADTrem), ONG que inclui várias empresas como associadas e que tem como
objetivo desenvolver a “cultura do trem rápido” no Brasil, iniciou o
evento com a transmissão de um filme que mostra várias cenas de atrasos
nos aeroportos.

O presidente da ADTrem, Guilherme Quintella,
disse que o trem rápido será fundamental para permitir a pontualidade
dos passageiros que trafegam entre as duas cidades, mas a atração de
investidores externos para o projeto dependerá de detalhamentos
técnicos eficientes, com projeção de demanda, custos e retorno do
empreendimento para a sociedade

Segundo ele, hoje há no mundo
mais de 200 projetos de trens de alta velocidade e dois deles estão
sendo desenvolvidos no Brasil que são o trem entre Rio de Janeiro e São
Paulo e entre Campinas e São Paulo. Quintella explicou que os projetos
ainda não chegaram em nível de detalhamento, estão sendo construídos,
mas serão fundamentais para atrair os financiamentos que, conforme ele,
estão disponíveis em vários países para o projeto. A ADTrem inclui
associados como Siemens, Bombardier, Alstom e Ernst & Young.

Categorias:Viagens

Há 10 anos mudando o mundo!

O blog completa 10 anos
(Yahoo! Notícias) Ter, 17 Abr – 16h02

Por Beatriz G. Cabrera (EFE)


Este mês, o blog, espécie de diário e uma ferramenta muito popular na
internet, completa 10 anos, recebendo aplausos, sendo alvo de críticas,
causando polêmica

Pode-se dizer que este pré-adolescente do
mundo virtual foi uma criança precoce. Quando a internet começava a se
consolidar nos lares de todo o mundo, ele nascia. No começo, sua
presença quase não era notada, talvez por isso ninguém saiba ao certo
quem o deu à luz.

Cem milhões. Este é o número estimado de blogs
existentes atualmente. E a cada dia surgem mais, já que ele virou moda
na comunidade política, sobretudo em tempos de eleição.

Variados
Os
blogs políticos são, de fato, os que mais se destacam. Mas não só
aqueles planejados por marqueteiros de campanha. Os de professores,
jornalistas e muitos internautas comuns com opiniões e pontos de vista
costumam ser bastante acessados. Por isso, não há dúvida de que esta
ferramenta é democrática e revolucionária.
Depois que o blog
alcançou a fama, vários foram os que disseram tê-lo inventado. Entre
eles está Dave Winer, editor do blog "ScriptingNews.com". Na definição
dele, blog é "uma hierarquia de textos, imagens, objetos e dados
colocados cronologicamente e que podem ser vistos em um navegador".

Outro
que se diz pai da ferramenta é Jorn Barger, que edita o
"RobotWisdom.com", um blog de fundo preto no qual predominam os links
para outros sites.

Já Peter Merholz, do blog "Peterme.com", que
traz uma série de posts muito bem ordenados e ainda oferece aos
visitantes a oportunidade de comentá-los, diz ser o verdadeiro criador
do termo.

Embora os blogs não tenham feito muito sucesso no
começo, em 2003 começaram a se proliferar. Isso aconteceu depois que o
Google comprou o Blogger, um provedor do serviço no qual qualquer
internauta pode se registrar e começar a escrever.

Mas nem só
de política vivem os blogs. Moda, alimentação, beleza e saúde são temas
de vários deles nos Estados Unidos e no resto do mundo. Outro exemplo
são os chamados "city blogs", dedicados ao turismo. Neles, os
internautas escrevem suas experiências e dão dicas sobre diversas
cidades. Existem ainda blogs sobre empregos. Um dos mais conhecidos,
com ofertas de empregadores e de pessoas interessadas em trabalho, é o
"Monster Blog".

Muita gente também utiliza esta ferramenta para
relatar experiências pessoais, fazendo do blog uma espécie de diário
virtual. Mas, definitivamente, essas páginas não se restringem a isso.


pessoas que dizem que a "blogosfera" é o mundo do novo jornalismo, já
que muito se escreve sobre fatos e também sobre os próprios meios de
comunicação.

Devido à falta de confiabilidade de muitos blogs,
algumas figuras importantes da internet chegaram a propor o atropelo da
liberdade de expressão só para limitar o que é dito nessas páginas.
Jimmy Wales, criador da enciclopédia virtual Wikipedia, é um dos que
sugere medidas como a eliminação dos blogs desagradáveis.

Toda
essa polêmica tem razão de ser. São muitos os comentários anônimos e
muitas as pessoas que se mascaram para dizer o que pensam, algumas
vezes de modo inapropriado. Talvez, por isso, estejam surgindo
iniciativas para controlar certas intervenções e discursos. Uma das
maiores lutas no mundo dos blog é travada contra os "trolls", pessoas
que escrevem mensagens com a única intenção de criar polêmica.

Para
se ter uma idéia da força de um blog, a Apple abriu um processo contra
três blogueiros que publicaram na internet segredos comerciais da
empresa. Por conta desses e de outros casos, a Fundação Fronteiras
Eletrônicas, com sede em San Francisco (Califórnia) e que defende a
liberdade de expressão criou um guia jurídico relacionado ao
funcionamento dos blogs.

Por Beatriz G. Cabrera. adm/EFE REPORTAGENS

Ah, bom…

Britânico tarado é acusado de usar artifícios para filmar pernas de mulheres

Sáb, 30 Jun, 09h31

Londres, 30 jun (EFE).- Um britânico com fetiche por pernas foi acusado
de usar um truque com o carro para filmar essa parte do corpo de mais
de cem mulheres em estacionamentos de supermercados.

Raymond
Rowland, de 41 anos, pedia às mulheres que se sentassem por um instante
no banco do motorista de seu próprio veículo e pisassem no acelerador
enquanto ele tentava descobrir um problema no motor.

O que as mulheres sequer imaginavam era que o tarado as filmava com
uma câmera colocada perto da embreagem, informa neste sábado o jornal
"The Times".

Alertada por uma das vítimas de Rowland, a Polícia descobriu a casa
do britânico na localidade de Torquay (Devon) e encontrou as filmagens.

No interrogatório ao qual foi submetido, o homem alegou que não causou danos a ninguém e que seu ato era totalmente "inocente".

Inicialmente, Rowland foi detido sob acusação de voyeurismo, mas
escapou de ser condenado porque, para que seus atos fossem considerados
delitos, ele teria que ter feito as filmagens num lugar privado, como
uma cabine ou um banheiro.

Ainda assim, por conta do "comportamento anti-social" do tarado, o
juiz proibiu-o de tirar fotos de mulheres sem sua prévia autorização
pelos próximos dez anos, sob pena de ser condenado a seis meses de
prisão e ao pagamento de uma multa de € 7.500.

As autoridades municipais espalharam cartazes nos parques de todo o
condado, nos quais alertam as mulheres para que tenham cuidado com
pessoas com fetiches do tipo. EFE

Desconvite

Fortes: desconvite a Casagrande foi ‘uma palhaçada’
Agência Estado

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) disse hoje que o “desconvite” ao senador
Renato Casagrande (PSB-PE) para que assumisse a relatoria do caso de Renan
Calheiros (PMDB-AL) no Conselho de Ética foi uma “palhaçada”. “Uma palhaçada.
Lamentável, mas uma palhaçada. Não se faz isso. Está se brincando com uma coisa
séria”, disse, após participar de seminário promovido pelo Grupo de Líderes
Empresariais (Lide), na capital paulista.

Ele criticou o que chamou de
“partidarização” do Conselho de Ética e cobrou o afastamento de Renan da
presidência do Senado. “Tem de sair o mais rápido possível”, disse. “É preciso
que se estabeleçam prazos, regras e critérios para que o Senado saia
imediatamente desse atoleiro”, admitiu.

O senador disse ainda que as
denúncias contra o atual presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha
(PMDB-TO), precisam ser investigadas e esclarecidas. “Como toda denúncia, deve
ser apurada. Nós não podemos mais ficar adiando a decisão do Conselho. Temos de
encontrar imediatamente uma solução. Aliás, quero louvar a atitude dos senadores
Mercadante e Virgílio, que se ofereceram para a solução desse impasse e que, por
motivos que desconheço, não foram aceitos”, lamentou.

Os Erros de Renan

Enviado por Ruy Fabiano – 30.6.2007 | 0h01m – Blog do Noblat

Os erros táticos de Renan

O caso Renan tem sido, por parte de seu protagonista, uma sucessão de
equívocos táticos e políticos. Abstraindo-se qualquer juízo de valor e
avaliando-se os acontecimentos do ponto de vista puramente operacional, não há
como deixar de considerar o amadorismo que tem pautado sua linha de atuação.

Senão, vejamos. A crise começou com denúncias da revista Veja, de que o
presidente do Senado tinha contas pessoais – mais especificamente uma pensão
alimentícia – pagas por uma empreiteira. Era lá, afinal, na sede da empreiteira,
que a beneficiária ia receber o recurso, das mãos de um lobista, amigo pessoal
do senador. A revista fez, mas não comprovou a acusação.

Renan poderia simplesmente tê-la negado (como o fez) e exigido, em vez de
tentar fornecer provas. O princípio legal da presunção da inocência, que atribui
ao acusador o ônus da prova, dava-lhe essa alternativa. Seria, no mínimo, sua
palavra contra a dos acusadores, com ônus judiciais para estes.

Não há, em princípio, delito em ter um lobista como amigo, nem em tê-lo como
intermediário de uma relação extraconjugal que descambou para o litígio. Tudo o
que transcendia essa circunstância – a amizade e intermediação do amigo lobista
– carecia, naquele momento, de comprovação. E o ônus da prova era do acusador –
no caso a revista Veja.

Renan, porém, possivelmente inspirado pelo clássico axioma da mulher de
César, de que não basta ser, mas é preciso também parecer honesto, decidiu
proclamar-se inocente. Muniu-se de farta documentação, como quem não quer deixar
que paire a mais remota dúvida sobre si. E haja recibo e documento, pontuando
discurso veemente da cadeira de presidente do Senado.

Começam aí os seus erros: pelo local do discurso. Política, como se sabe,
move-se em torno de símbolos. Tradicionalmente, o presidente do Senado, quando
discursa, o faz, como seus pares, da tribuna – sobretudo quando o que está em
pauta é uma questão pessoal, e não institucional. Assim o fez o senador Antonio
Carlos Magalhães, que presidia a Casa quando pilhado na quebra do sigilo do
painel de votação, ainda no governo FHC.

Assim o deveria ter feito Renan. Mas não fez.

E não foi só. Descuidou-se da qualidade das provas. Não basta exibir
documentos em abundância. É preciso que possuam um mínimo de consistência.
Bastou uma reportagem no Jornal Nacional para, aí sim, colocá-lo na defensiva. A
partir dali, passou à condição de réu, de ter que provar sua inocência.

Os papéis e os personagens exibidos pela reportagem, que foi aos rincões de
Alagoas, desmontaram – ou pelo menos abalaram enormemente – a sua linha de
defesa. Desnecessário entrar aqui nos detalhes e perfis dos entrevistados. Foram
de tal modo eloqüentes que geraram uma reviravolta no caso.

Renan estava quase absolvido pelo Conselho de Ética e, a partir daquela
reportagem, viu-se em situação inversa (e adversa) – e dela ainda não se livrou,
nem há sinais de que venha a se livrar.

Os vaivéns na escalação do Conselho de Ética, em busca de aliados para os
postos estratégicos, constituem outro fator de desgaste, outro erro tático, de
cujos efeitos predatórios todo o Senado compartilha. Nem mesmo o caso Joaquim
Roriz, cujo desfecho ninguém mais discute (ou será cassado ou renunciará para
evitá-lo) irá atenuar seu calvário.

Não há mais condições políticas de continuar no cargo. Se tivesse percebido
isso há mais tempo, poderia ficar por aí o seu prejuízo. Mas a demora sugere
mais e maiores complicações.

O senador conta agora com o recesso parlamentar de julho para diluir a crise.
Um mês sem sessões. A imprensa, porém, não tem recesso. Nem a opinião pública. O
contato dos parlamentares com as bases, nos estados, servirá apenas para mostrar
com mais detalhes a profundidade do abismo que se cava entre a instituição e sua
fonte de poder e legitimidade.Ruy Fabiano é jornalista.

Crítica de filmes

Alguns filmes que vi ontem:

Shrek 3 – Parecia que este ano seria o ano do número 3 ruim para as continuações dos blockbusters Homem-Aranha, Piratas do Caribe, que foram horrorosos, e agora Shrek. Mas a animação não faz feio e mantêm o clima e as boas piadas dos dois primeiros filmes, conseguindo te entreter pelo tempo do filme. Só uma coisa vai ser difícil: fazer um quarto filme que funcione da forma como o terceiro terminou.

Premonições – Uma nova viagem com Sandra Bullock, daquels filmes de romance/suspense em que as pessoas "voltam" no tempo para evitar a morte de um ente querido. Não funcionou pelos vários furos do filme durante o seu decorrer. De dar sono, apesar do filme não ser do tipo padrão. E ainda tem que prestar muita atenção, ainda mais quem é meio lerdo.

Totalmente Apaixonados – Uma comédia que funciona. É o resumo deste filme. Boa história. Boas piadas. Bom enredo. Há muito tempo não envolvia assim com uma comédia, pois a maioria hoje é só uma sucessão de piadas ou "homenagesn"/paródias de outros filmes/programas/personalidades ou daqueles românticos "água-com-açúcar" que já se sabe o final. Não é nenhuma obra prima mas recomendo para todos.

Inté.

Categorias:Entretenimento

Macabro

MORTE NA TV
Alemanha terá
canal dedicado ao macabro tema

em 28/6/2007

Em muitas culturas, falar de morte é tabu, mas na Alemanha o tema ganhará um
canal de TV só para ele. Está marcado para setembro o lançamento do EosTV, que
irá exibir programas fúnebres, como documentários sobre cemitérios e as
diferentes representações da morte pelo mundo. Haverá ainda dicas voltadas aos
idosos, com informações sobre casas de repouso e seguros de vida. O nome do
canal é uma homenagem a Eos, deusa grega do amanhecer.

Segundo o fundador da emissora, Wolf Tilmann Schneider, público interessado
no tema não falta. "No ano passado, mais de 800 mil pessoas morreram na
Alemanha. Multiplique este número por quatro e você terá mais ou menos o número
de pessoas afetadas por estas mortes. Há também 2,1 milhões de idosos que
precisam de cuidados. Há milhões de pessoas que enfrentam questões como
envelhecer ou morrer", explica.

Eternizando a vida

Em 2006, houve 150 mil mortes a mais que nascimentos na Alemanha. O número segue uma tendência registrada no país nas
últimas décadas. Além disso, segundo Kerstin Gernig, porta-voz da Associação
Nacional de Funerárias, há uma mudança no modo como os alemães vêm encarando a
morte e os funerais. Mais pessoas têm construído túmulos anônimos, sem
identificação do morto. Os cemitérios gramados, sem jazigos aparentes, também
têm ficado mais populares, assim como "lápides na internet", que são sítios com
informações dos falecidos para que os visitantes possam recordar os entes
queridos.

Os proprietários de funerárias notaram ainda que, nos últimos anos, um número
crescente de idosos e seus descendentes têm procurado escritores profissionais
para documentar suas vidas e a de seus entes queridos. Trabalhando em parceria
com a Associação – que representa 85% dos donos de funerárias da Alemanha –
Schneider planeja oferecer às famílias um vídeo para os funerais.

O canal terá também um espaço para obituários televisivos, que, depois da
exibição, serão disponibilizados no sítio da empresa, ainda não concluído.
"Somos todos iguais. Todos temos o mesmo ciclo de vida, vivemos e morremos",
filosofa o fundador da emissora da morte. Informações de Charles Hawley [Der
Spiegel
, 22/6/07].

Categorias:Entretenimento

Jogador de futebol gay?

*Vice do Palmeiras comete gafe na TV e revela nome de suposto jogador gay
*
**De Milton Neves, ontem ao vivo no "Debate Bola", da Record, para
José Cyrillo Júnior, vice- presidente do Palmeiras:
"É do Palmeiras o jogador
que vai assumir na televisão que é homossexual?".

Cyrillo respondeu:
"Não, o Richarlyson quase foi do Palmeiras. O procurador dele assinou um
pré-contrato com o Palmeiras, mas no dia seguinte ele foi para o São
Paulo".

"Você chutou o balde", disse Milton Neves.

*Outro lado
*

A assessoria do São Paulo diz que o comentário de Cyrillo foi
visto com surpresa e que os advogados do clube já estão com a fita do
programa para tomar as devidas providências.
*Folha de S. Paulo*

Categorias:Jogos

Tarantino´s Mind. Demais!!!

Vejam este filme orgásmico com Selton Mello.

Inté.

PS: Valeu Giselda! O primeiro vídeo que presta que você me mandou!!!

Categorias:Entretenimento

TV engorda

PUBLICIDADE PARA CRIANÇAS
Os perigos de merendina demais

Por Giulio Sanmartini, de Belluno (Itália) em
26/6/2007

A Europa Ocidental está literalmente invadida pelo que se chama
merendina (lanchinho). Talvez o maior fabricante dessa espécie de
guloseimas – ricas em açúcar, gorduras, sais, elevada presença de proteínas e
que tem como grande consumidor as crianças – seja a italiana Ferrero Roche, com
dois produtos de sua enorme linha conhecidos no Brasil: o bombom recheado com
avelã e o imbatível Kinder Surpresa, um ovo do mesmo tamanho que os de galinha,
feito com um chocolate de gosto duvidoso, mas que em seu interior carrega um
pequeno brinde para formar uma coleção. O lanchinho (que não vi no Brasil) é
composto por duas fatias de pão-de-ló, recheadas com creme chantilly e unidas
por uma cobertura de chocolate.

Um menino italiano que assista televisão três horas por dia dentro da faixa
protegida (entre 16 e 19 horas), com os lanchinhos se vê subjugado por rios de
chocolate, enfeitiçado por chuvas de balas, seduzido pelo "croc" das batatinhas
fritas através de um spot publicitário a cada cinco minutos – algo como
33 mil por ano.

Em duas semanas de pesquisas, ficou comprovado que esses spots são
veiculados numa esmagadora maioria (971) pela Mediaset (Rede de televisão
pertencente ao ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi), contra os 285 da estatal
RAI.

"Evite ‘beliscar’ entre refeições"

Todavia, o ponto não é o "quanto", mas a qualidade do que vem veiculado. 36%
dos produtos anunciados contêm quantidades excessivas de produtos que levam à
obesidade (açúcares, gorduras e proteínas). Os spots tornam-se persuasivos
mirando em coisas que agradam às crianças: desenhos animados, bonequinhos para
coleção e figurinhas. Sobre o assunto, diz o professor Carlo Canella,
catedrático de Ciência da Alimentação na Universidade La Sapienza (Roma):

"As indústrias alimentícias deveriam parar de fazer publicidades sedutoras,
agressivas e desencaminhantes. Enquanto as escolas deveriam ensinar um consumo
responsável, faz-se necessário convencer as crianças que por trás da publicidade
existe um interesse comercial e com freqüência mensagens ambíguas ou falsas.
Eles têm que aprender a não serem enganados."

Nos países do Norte da Europa, como Suécia e Noruega, as televisões não
transmitem publicidade durante as faixas protegidas. Na França, foram proibidos
os distribuidores automáticos nas escolas e são obrigatórias mensagens
sanitárias na publicidade de alguns produtos. Assim como os maços de cigarros
devem advertir os prejuízos causados pelo fumo, aqueles produtos devem advertir:
"Evite ‘beliscar’ entre as refeições".

Na Inglaterra, são permitidos spots em programas para menores, mas com
proibição para os produtos com elevadas taxas de açúcares gorduras e proteínas.
Além do mais, não podem ser mostradas porções excessivas, ou meninos que comem
como adultos. Na Itália, existem proibições ao álcool, tabaco e tóxicos, mas não
existe norma alguma que regule a propaganda alimentícia destinada a menores e
transmitida pelas rádios e televisões.

Riscos de excesso de peso

A propaganda é dirigida às crianças, que por sua vez pedem aos pais (e mães)
com apelos irresistíveis. É a autoridade materna que determina a escolha dos
produtos e as mães, que além do emprego ainda têm que ser donas de casa, atendem
aos pedidos dos filhos sem discutir. O alimento tem que voltar a ser um modo
recarga energética, não um meio de gratificação ou acerto entre pais e
filhos.

Pode-se fazer uma associação entre obesidade e o número de spots veiculados
para guloseimas. Tem que se estar atento e não apontar o dedo somente para o que
elas comem, pois a uma boa alimentação deve-se acrescentar uma atividade física
regular. As crianças podem comer de forma correta, mas se não se movimentam,
engordam da mesma forma. Deve-se entender como "movimento", não o esporte
praticado nas escolas e nos clubes, mas as brincadeiras de quintal ou de praças,
do futebol ao nadar de bicicleta.

Em resumo: o problema não é somente a mensagem, mas a televisão em si: mais
uma criança passa o tempo a assisti-la, mais corre o risco de ficar com excesso
de peso e caminhar perigosamente para a obesidade.

Categorias:Saúde e bem-estar

Ahn? Hein? Cuma?

Reflexões de Carlos Brickman no Observatório da Imprensa – OI

Como é mesmo? – 1

Na campanha contra o senador Renan Calheiros, uma vertente busca provar que
ele não tem recursos para arcar com os pagamentos que fez a Mônica Veloso. Outra
vertente, nos mesmos veículos, busca provar que Renan enriqueceu no exercício do
mandato. As duas acusações são graves, mas uma é incompatível com a
outra.

Como é mesmo? – 2

Na campanha em favor do senador Renan Calheiros, uma vertente diz que o
presidente do Congresso não recebe proteção especial, mas colhe os frutos de sua
proximidade com os colegas parlamentares. Outra versão diz que Calheiros recebe
proteção especial de seus colegas, já que sabe muito e está disposto a
compartilhar este conhecimento com os meios de comunicação. As duas versões são
ruins, mas uma é incompatível com a outra.

Uma coisa é uma coisa…

Cadê Vavá?

Mário Magalhães, o excelente ombudsman da Folha de S.Paulo, comenta um
tema essencial: quando Vavá, o irmão de Lula, foi acusado, o jornal lhe dedicou
uma série de manchetes. Quando o Ministério Público decidiu que não era caso de
indiciá-lo, foi esquecido. É um fenômeno comum na imprensa: todo mundo cansou de
ler matérias sobre as acusações contra o então ministro Alceni Guerra, mas
quando foi inocentado isso já não merecia destaque nos meios de comunicação.

As conseqüências são graves para as vítimas: a opinião pública para sempre
vai considerá-las culpadas. Vavá, como irmão do presidente, deveria ter mais
compostura e evitar pedir que arrumassem, em sua grande frase, "dois pau pra
eu". Mas falta de compostura não é crime. E muita gente, levando em conta apenas
o noticiário inicial dos jornais, continuará achando que o irmão do presidente
era um criminoso. Pior: que não foi punido apenas por ser irmão do presidente.
Gera-se, assim, um indevido descrédito nas instituições.

Categorias:Organizações

Telenovelização

PARAÍSO TROPICAL & BANAL
A telenovelização do universo brasileiro

Por Alberto Dines em 26/6/2007

A imagem da mídia como manada enfurecida ou matilha esfaimada está superada.
Não representa nossa realidade. No domingo (24/6), os dois jornalões paulistanos
ofereceram aos seus leitores a opção para um novo símbolo da nossa imprensa: uma
tela de TV.

As provas: na Folha de S.Paulo, a enorme entrevista da nova
namoradinha do Brasil, Mônica Veloso — a quem o jornal, dois dias depois,
congnominou de "a musa do escândalo". Destaque no alto da capa da edição
dominical do "jornal a serviço do Brasil" e uma página inteira, muito bem
produzida, repleta de frases de dramalhão mexicano, tipo "amei demais… aprendi
muito porque sofri demais… exploraram a minha intimidade". Faltaram alguns
pontos de exclamação, mas isso não tem a menor importância – deve ter sido a
matéria mais lida naquela edição.

No outro canto da telona, encenada pelo Estado de S.Paulo, com um
pouco mais de compostura (ou menos competência), a entrada em cena da
"legítima", Senhora Dona Verônica, que estoicamente perdoa o marido, Renan
Calheiros – "a maior vítima nisso tudo" – e ainda dá-lhe um cascudo: "Homem é
mesmo muito besta!" (com ponto de exclamação).

Casa de quem?

Nossos jornais telenovelizaram-se, o país telenovelizou-se, a política
telenovelizou-se, nossos valores telenovelizaram-se, a luta contra a "censura"
telenovelizou-se, assim como a esquerda, a direita e as aspirações nacionais
telenovelizaram-se. Vivemos em capítulos: a cada seis meses muda o feitio do
cenário, a cara e a roupa dos figurantes, mas a trama e o teor são os
mesmos.

As aparição das rivais no mesmo dia foi coincidência, certamente. Os dois
jornalões concorrentes não aceitariam participar de um pool destinado a
amortecer outro enorme escândalo, transformando-o numa picaresca comédia de
costumes. Isso, sim, seria coisa de telenovela.

Pintou um clima e as redações, devidamente estimuladas pelos
marqueteiros, reagiram da mesma forma. Crise política não vende jornal, ainda
mais quando estica demais. A saída é fazer da crise política mais um capítulo da
telenovela nacional.

O curioso é que a TV Globo, dona da telenovelística nativa, preferiu operar
em outra praia e com uma única reportagem liquidou quase todas as provas
apresentadas pelo presidente do Senado Federal (doravante denominado de A Casa –
a casa de quem? Da mãe Joana?).

Pérola metafísica

Quem pintou o clima foi Veja, merece um prêmio de dramaturgia.
Com uma belíssima capa (edição nº 2012), transformou um escândalo que poderia
abalar a República (se conseguisse apresentar as provas) num folhetim de segunda
categoria. E, junto, fez da brava jornalista em busca da verdade uma das mais
vertiginosas histórias de sucesso do nosso show bizz.

A deslumbrante mulher abandonada pelo poderoso ex-amante (e prejudicada nos
acertos financeiros subseqüentes), de repente aparece como triunfante cover
girl
pronta para conquistar o mundo.

Abriu caminho para que na Folha (24/6, p. A-10), duas semanas depois,
Mônica Veloso admitisse que embora queimada na profissão, está pronta para
voltar à TV. "Talk-show é coisa que não descarto, seria muito legal…"
Pensa grande: "Até agora ninguém me ligou [para posar nua]". Consideraria
um convite oficial "mostrando como seria feito. Sem isso não dá nem para fazer
conjectura". Na edição de terça-feira (26/6, pág. A-10), a Folha
informa que a revista Playboy diz ter interesse em produzir uma capa
com a "musa" e já contatou a jornalista.

Os leitores da Folha, geralmente rápidos no gatilho, não se
manifestaram no dia seguinte (segunda, 25/6). Talvez tenham passado o domingo a
refletir sobre esta pérola metafísica da lavra da entrevistada: "As coisas que
começam errado [sic] não têm como dar certo."

***

O vetusto e grave Estadão parece tão imerso no mundo da telenovela que
esqueceu do resto: na mesma edição de domingo (24) colocou na capa de dois
cadernos o Balzac do momento: o mesmo Gilberto Braga, autor de Paraíso
Tropical
, em "Casa&" e "TV&Lazer".

Categorias:Reflexões

Estudante de Direeeeeeeittooooo!!!

Não bastassem os casos variados de corrupção e outros como homicídio em que os advogados são retratados como o "mal do mundo" além dos filmes e séries que evocam uma imagem idem da nossa profissão, vira e mexe muitos acusados de crimes são estudantes de direito e/ou muitas pessoas que cometem gafes e/ou excrescências em reality shows também são estudantes de direito. A imagem que se passa é sempre a mesma: a do playboy ou da patricinha de classe média e vindo de família "abastada".

Nos primeiros casos, simplesmente a mídia e a população não entendem os conceitos de amplo direito de defesa e que todos têm direito à uma defesa, mesmo os assassinos confessos. O único problema nestes casos é a impossibilidade jurídica de se negociar com o Ministério Público, meso tendo o réu confessado o crime. Hoje, com a delação premiada, temos uma pequena abertura, mas ainda não o suficiente para desafogar a Justiça;

Nos segundos, os profissionais do direito têm seus defeitos muitas vezes exarcebados, como Fátima Bernardes no Jornal Nacional ao falar dos caras que espancaram a empresa doméstica no Rio: entre os espacadores, tinha uma estudante de direeeeeeeeiiittoooooooo, quase se esgüelando numa reação e numa parcialidade que nunca vi na bancada do jornal. Depois mostraram a foto de um estudante de turismo que estava foragido sem que ela se esgüelasse gritando estudante de turiiiiiiismooooo!!!

É difícil ser parte desta classe digna e essencial para a Justiça que é espezinhada quase que diariamente, sendo um advogado que tenta ajudar a sociedade, presta serviços comunitários e tenta dar exemplo e ter que se defender todo dia por causa dos péssimos exemplos que a mídia faz questão de mostrar diariamente.

Inté.

Categorias:Pense Direito

Aborto: Defesas inflamadas

Audiência de aborto é marcada por defesas
apaixonadas


Deputados travam guerra de número para
defender e atacar legalização do aborto

Luciana Nunes Leal, do Estadão

BRASÍLIA – Em audiência pública marcada por defesas
apaixonadas, sempre interrompidas por aplausos e vaias, na Comissão de
Seguridade Social e Família da Câmara, especialistas e deputados travaram nesta
quarta-feira, 27, uma guerra de números para defender e atacar o projeto de lei
da legalização do aborto.

A coordenadora nacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns, disse que os
defensores da interrupção voluntária da gravidez usam "números mentirosos"
quando falam em mais de um milhão de abortos clandestinos por ano no País. Já o
representante do Ministério da Saúde, Adson Roberto França, afirmou que as
estimativas são sérias.

França mostrou outro dado, este oficial, que considera indicativo da grande
incidência de abortos feitos sem segurança. Segundo ele, em 2006 o Sistema Único
de Saúde (SUS) registrou 230 mil internações motivadas por curetagens,
procedimento comum nos casos de aborto. "Curetagens nem sempre são causadas por
abortos", reagiu Zilda Arns.

Críticas e Apoio

Coordenador do Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal,
França calculou que, em 2005, houve no País cerca de 2.000 casos de mortalidade
materna, sendo mais de 200 causados por abortos inseguros. O número oficial é de
1.619 mortes, mas o ginecologista e obstetra explicou que é preciso levar em
conta a subnotificação dos óbitos.

O representante do Ministério da Saúde causou indignação entre deputados
contrários ao aborto quando disse que "temos no mínimo três grandes clínicas
clandestinas (de aborto) nas capitais, onde as pessoas que podem pagar pagam e
não correm risco de vida" e também ao citar pesquisas que analisam o possível
uso do abortivo misopostrol, proibido no Brasil.

Inconformado, o deputado Luiz Bassuma (PT-BA) acusou o técnico da Saúde de
fazer "apologia ao crime" e foi criticado pelos próprios companheiros de
partido. "Não defendi as clínicas clandestinas nem o uso do misoprostol. Mas
combater as clínicas não é papel do Ministério da Saúde", esclareceu Adson
Roberto França.

Assim como o ministro José Gomes Temporão, o médico defendeu a pílula do dia
seguinte, ou contraceptivo de emergência, medicamento que pode evitar a gravidez
indesejada, quando usado até 72 horas depois de uma relação sexual sem proteção.
Atualmente, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) só autoriza a
distribuição da pílula com receita médica, mas França defende que o uso seja
livre, com distribuição no sistema público de saúde. Segundo França, o
ministério está negociação com a Anvisa a mudança desta regra.

Jandira Feghali

A audiência pública foi realizada para discutir o projeto de lei da
ex-deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ), que também participou do debate. O
projeto de Jandira foi desarquivado pelo deputado José Genoino (PT-SP) e será
votada pela comissão. Se aprovada, terá que passar pela Comissão de Constituição
e Justiça (CCJ) para depois ser submetida ao plenário.

Pela proposta, a mulher com até 12 semanas de gravidez poderá optar pelo
aborto, assim como a mãe que espera um filho com má formação grave, como a
anencefalia. Atualmente, o Código Penal permite o aborto somente nos casos de
estupro ou quando a mãe corre risco de vida.

Segundo o Ministério da Saúde, foram o SUS registrou 2.068 internações para
abortos legais, em 2006. A médica ginecologista Marli Lins e Nóbrega, que atua
na periferia do Distrito Federal, também contestou os números apresentados por
Adson Roberto França e disse que "não passam de cem as mortes por aborto no
Brasil desde 1996".

A médica disse que vê uma ação "imperialista" nos movimentos pró-aborto.
"Existe uma série de ações visando a redução da população brasileira",
sustentou, aplaudida pelas militantes contra o projeto de legalização do
aborto.

Categorias:Pense Direito

É o cú-mulo do absurdo!!!

Bispos defendem direitos humanos de embrião
híbrido


Bispos católicos da Inglaterra e do
País de Gales querem que as mulheres tenham o direito de gestar as quimeras, que
seriam mais de 99% humanas

Reuters

LONDRES – Os embriões híbridos entre animais e seres
humanos criados pela pesquisa na área médica devem ser encarados como humanos, e
os cientistas deveriam permitir que eles se desenvolvessem e nascessem, disseram
bispos católicos em um apelo ao Parlamento britânico.

Os cientistas querem usar as chamadas quimeras para entender melhor doenças
como Parkinson, Alzheimer e fibrose cística, e assim chegar à cura. Uma proposta
de lei que será debatida pelo Parlamento britânico, neste ano, determina que as
quimeras teriam de ser destruídas em até 14 dias. A legislação proposta proíbe a
implantação desses embriões híbridos no útero de uma mulher.

Mas bispos católicos da Inglaterra e do País de Gales querem que as mulheres
tenham o direito de gestar as quimeras, que seriam mais de 99% humanas. "Não
deveria ser um crime transferi-las, ou outros embriões humanos, para o corpo da
mulher que cedeu o óvulo, nos casos em que um óvulo humano tenha sido usado para
criá-las. Essa mulher é a mãe genética, ou mãe parcial, do embrião", disseram
eles à comissão parlamentar que analisa a proposta.

Os cientistas, que vêm pressionando para a aprovação das quimeras justamente
por causa da dificuldade de obter óvulos humanos para pesquisa, disseram que os
bispos entenderam mal o processo. "Se estamos usando óvulos de vaca, não há
mulher envolvida", disse na quarta-feira, 27, Stephen Minger, pesquisador do
Kings College de Londres.

No processo, óvulos de animais como vacas e ovelhas teriam sua carga genética
retirada. Células humanas seriam então colocadas nos óvulos "ocos", criando
linhagens de células-tronco para ser usadas em
pesquisas.

Categorias:Pense Direito

Como criar um filho

27/06/2007 – 10h15

Como disciplinar as crianças? Confira as dicas de uma mãe
bem-humorada

da Folha Online

Muitas mães divergem na hora de dar limite aos filhos. Algumas recorrem às
conversas, outras aos castigos ou até mesmo às palmadas. Libby Purves, autora do
livro "Como Não
Criar um Filho Perfeito"
, fala sobre essa difícil tarefa. Leia trecho do
livro:

Divugação

Como não criar um
filho perfeito

*

O raiar da disciplina: bom senso, palmadas e autodefesa

No fim, a única espécie de disciplina que conta é a autodisciplina; se não
for assim, quando se solta o freio, nada impede que a criança acelere novamente.
Os filhos de lares extremamente rígidos muitas vezes saem dos trilhos assim que
papai, mamãe, babá ou professora estão longe.

Autocontrole é o único controle confiável, e ninguém o alcança sem antes
aceitar a idéia da gratificação postergada. Essa é uma idéia difícil de ensinar
hoje em dia nas sociedades afluentes em que os adultos são continuamente
estimulados pelas lojas e operadoras de cartão de crédito a "não esperar para
ter".

Por mais que você aplique o princípio a si mesmo, tem de obrigar seus filhos
a, às vezes, esperar para ter. Repressão não é obrigatória o velho e bom
"reforço do bom comportamento" é muito eficiente.

Toda vez que seu filho guarda uma bala para mais tarde ou espera com
dignidade a vez de ganhar a lembrancinha da festa, deixe claro que você aprecia
muito sua paciência. E se, ainda por cima, ele repartir com um amigo, nenhum
elogio é demais (mas depois, quando vocês estiverem a sós).

Manha – Birra, chilique, escândalo, qualquer que seja o nome, é uma
ofensa, a que mais perto coloca os pais da aplicação de uns tabefes. A campanha
contra a manha tem de começar com as crianças ainda bem pequenas, quando se
critica a "vozinha manhosa" e se manda repetir o pedido com "voz normal".

Mas, ainda que você siga esse dogma religiosamente, a partir dos 2 anos o som
da manha continuará a acompanhá-la por anos e anos. É difícil lidar com ela,
porque é o único defeito que efetivamente tira os pais do sério. Desaprovo o
sistema de alguns de fingir que a criança mudou de identidade: "Onde está o
Timmy? Só vejo aqui esse menininho horrível fazendo manha.

Queria que o Timmy voltasse".Tem alguma coisa nessa atitude que me dá
arrepios.Um recurso ao qual apelei várias vezes com sucesso foi dizer que
coloquei nos ouvidos um "filtro contra manha" e não escutava nada nesse tom de
voz. Com um razoável nível de interpretação dos pais, a criança em parte
acredita ela sabe que não é verdade, mas age como se fosse. Tal atitude também
vira piada e evita punições e berros.

Comer – Se existe uma batalha inútil nessa guerra é a de "comer tudo".
Comer não devia ser uma questão de virtude ou má criação, apenas combustível e
prazer. As crianças usam os hábitos estapafúrdios de alimentação como uma arma
para irritar os pais, mas também têm, muitas vezes, preferências genuinamente
estapafúrdias.

Em qualquer dos casos, não aceite provocação. Um pedaço de pão com manteiga e
uma fruta é uma refeição equilibrada, da mesma forma que muitos outros lanches.
A única regra em que vale a pena insistir nesse quesito é: nada de beliscar
entre as refeições, a não ser em ocasiões especiais, e nada de doce sem antes
comer um pouquinho de proteína e alguma coisa verde.

Tente não reclamar quando seu filho vai à casa de amigos e come com gosto a
carne com legumes que, em casa, não quer nem ver. Procure também não ser
neurótica com os salgadinhos e as outras bobagens servidas em festas e
lanchonetes. Em 99% dos casos, uma bomba de chocolate aqui e ali não fará mal
algum, apesar da deprimente borda marrom em volta da boca do seu filho.

Palmadas – Aqui as opiniões se dividem. Alguns países proíbem que pais
batam nos filhos. Na Inglaterra, trava-se um furioso debate sobre se a medida
deve ou não ser adotada.Todo mundo, com exceção de espancadores contumazes,
concorda em que não se deve bater em bebês ou crianças muito pequenas, que na
idade certa não se deve dar mais do que uma boa palmada e que nunca se pode, em
nenhuma circunstância, atingir a criança na cabeça ou com algum objeto, seja ele
pedaço de pau, colher ou tira de pano.

Um lobby barulhento exige que "qualquer ato físico hostil contra uma
criança", inclusive os exclusivamente restritivos, deveria ser ilegal. Fiz
várias entrevistas com os defensores dessa idéia e descobri que todos têm filhos
adolescentes ou adultos e memória muito curta. Quando a gente tenta explicar o
que é conviver com uma criança teimosa de 4 ou 5 anos, eles não entendem. Mas
seus argumentos são fascinantes.

Basicamente, os fatores contra as palmadas são:
– Não
funcionam.
– Levam a bater cada vez mais, até o abuso físico.
– Simbolizam
uma atitude errada em relação a crianças: a de que elas não são merecedoras de
direitos humanos totais. Nem detentos, mesmo assassinos, são espancados
atualmente.
A alternativa que sugerem é "argumentar" com a criança ou então
"retirar sua aprovação" uma expressão das mais pomposas.

Já os argumentos a favor das palmadas são:
– Funcionam às
vezes.
– Não levam necessariamente a bater cada vez mais. Para cada mil
famílias cujos filhos levam palmadas de vez em quando, só uma, talvez, se torna
um caso de violência abusiva.
– As gatas batem o tempo todo. Não é simbólico
de nada, e sim instintivo e natural, parte da maternidade, da mesma forma que
afagar. É um bom jeito de a criança aprender que às vezes ela vai longe demais.

"Como Não
Criar um Filho Perfeito"

Autor: Libby Purves
Editora:
Publifolha
Páginas: 192
Quanto: R$ 27,90
Onde
comprar:
Nas principais livrarias, pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da
Publifolha

Categorias:Livros

Seremos marcados como gado?

27/06/2007 – 13h14

EUA estudam implantar microchip com dados médicos em pacientes

da France Presse, em Chicago

Um grupo de cientistas estuda a possibilidade de armazenar dados médicos em
microchips que seriam implantados na pele dos pacientes, segundo a Associação
Médica Americana (American Medical Association).

Os microchips, do tamanho de um grão de arroz e inseridos por uma agulha,
poderiam dar aos médicos todas as informações necessárias sobre pacientes que
sofrem de enfermidades crônicas em casos de urgência, explicou o comunicado
elaborado pelo comitê de ética da associação.

Introduzir esses aparatos poderia "melhorar a coordenação e a continuidade
dos cuidados" e permitiria "a redução dos riscos […] de erros médicos",
destacou o informe.

As "etiquetas inteligentes", que funcionam segundo o procedimento tecnológico
da identificação por radiofreqüência, já são utilizadas fora do mundo da
medicina por distribuidores para acelerarem os processos de entrega de produtos
de consumo.

Mas o procedimento não estaria isento de riscos. O sistema, que pode melhorar
"a segurança e a eficácia" dos tratamentos, também pode apresentar riscos
físicos e pôr em perigo o regime confidencial da relação com os pacientes,
alerta a associação.

Os chips são fabricados de forma a se manterem em um determinado local, mas,
devido ao seu tamanho demasiadamente pequeno, poderiam se deslocar no interior
do corpo humano.

Outra desvantagem possível é o fato de poderem provocar interferências em
aparelhos elétricos, como desfibriladores. Ainda não se sabe qual seria o
impacto dos chips sobre medicamentos prescritos.

Categorias:Saúde e bem-estar

Estágio regulamentado?

Câmara aprova projeto que muda as regras do estágio para estudantes


Agência Brasil

A Câmara dos Deputados aprovou hoje projeto que muda as regras de
estágio para os estudantes dos ensinos médio, superior e
profissionalizante em instituições públicas e privadas. Pelas novas
regras, o período de estágio foi reduzido de oito para seis horas
diárias, e na época de provas os estudantes terão esse prazo reduzido
pela metade. Os estagiários terão, ainda, direito a 30 dias de recesso
remunerado por ano.

"Isso significa que acabou o tempo em que o
estagiário ficava feliz por ter o seu estágio de seis meses renovado, e
que, na realidade, essa felicidade significava ter um ano de trabalho
sem gozar de nenhum dia de descanso", explicou a deputada Manuela
D’Ávila (PCdoB-RS), uma das autoras do substitutivo aprovado em
plenário.

A matéria, que agora será encaminhada para o Senado,
proíbe a cobrança de taxa do estudante candidato a uma vaga de estágio,
e em caso de estágio não-obrigatório, a empresa tem que pagar bolsa
mensal e vale transporte, sem que isso represente vínculo empregatício.

"A
lei tem multas para quem não cumprir [as regras]. Tudo para garantir
que o estagiário não substitua um trabalhador. Que ele não esteja ali
para fazer qualquer coisa que não aprender algo relacionado à sua
atividade de ensino", afirmou a deputada.

Ela disse que a
proposta dará mais segurança jurídica às empresas, o que, segundo ela,
pode aumentar as vagas de estágio no país.

O projeto não limita
o número de estágios para estudantes do ensino superior nem do
profissionalizante. Para os estágios em nível médio, o projeto
determina que as empresas que empregam de um a cinco funcionários
tenham um estagiário; empresas que empregam de cinco a dez
funcionários, têm direito a dois estagiários, e empresas com mais de
dez funcionários podem ter 20% de estagiários.

Categorias:Pense Direito

Valores

«O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.

Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.»

* Fernando Pessoa *

A autoria é do comentário abaixo…

Categorias:Frases

Sentença perfeita!

Seu Gregório e o Juiz
Porreta

O Exmo. Magnífico Porretíssimo Gerivaldo Alves Neiva é Juiz de
Direito na Bahia mas deveria ser alçado a Imperador. Vejam que sentença
magnífica contra a Siemens ele escreveu. É delicioso, prova de que nem textos
legais conseguem ser chatos, se escritos com gosto.

Processo Número:
0737/05

Quem pede: José de Gregório Pinto
Contra
quem: Lojas Insinuante Ltda, Siemens Indústria Eletrônica S.A e
Starcell

Ementa:
UTILIZAÇÃO ADEQUADA DE APARELHO
CELULAR. DEFEITO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO FABRICANTE E DO
FORNECEDOR.

Sentença:

Vou direto ao
assunto. O marceneiro José de Gregório Pinto, certamente pensando em facilitar o
contato com sua clientela, rendeu-se
à propaganda da Loja Insinuante de Coité e comprou um telefone celular, em 19 de abril de 2005, por suados
cento e setenta e quatro reais. Leigo no assunto, é certo que não fez opção por
fabricante. Escolheu pelo mais barato ou, quem sabe até, pelo mais bonitinho: o
tal Siemens A52.
Uma beleza!

Com certeza foi difícil domar os dedos
grossos e calejados de marceneiro com a sensibilidade e recursos do seu Siemens
A52, mas o certo é que utilizou o aparelhinho até o mês de junho do corrente ano
e, possivelmente, contratou muitos serviços. Uma maravilha!

Para sua
surpresa, diferente das boas ferramentas que utiliza em seu ofício, em 21 de
junho, o aparelho deixou de funcionar. Que tristeza: seu novo instrumento de
trabalho só durou dois meses. E olha que foi adquirido legalmente nas Lojas
Insinuante e fabricado pela poderosa Siemens….. Não é coisa de segunda-mão,
não!

Consertado, dias depois não prestou mais… Não se faz mais
conserto como antigamente!

Primeiro tentou fazer um acordo, mas não
quiseram os contrários, pedindo que o caso fosse ao Juiz de
Direito.

Caixinha de papelão na mão, indicando que se tratava de um
telefone celular, entrou seu Gregório
na sala de audiência e apresentou o aparelho ao Juiz:
novinho, novinho e
não
funciona. De fato, o Juiz observou o aparelho e viu que não tinha um
arranhão.

Seu José Gregório, marceneiro que é, fabrica e conserta de tudo
que é móvel. A Starcell, assistência técnica especializada e indicada pela
Insinuante, para surpresa sua, respondeu que o caso não era com ela e que se
tratava de "placa oxidada na região do teclado, próximo ao conector de carga e
microprocessador" . Seu
Gregório: o que é isto?
Quem garante? O próprio
que diz o defeito, diz que não tem conserto….

Para aumentar sua
angústia, a Siemens disse que seu caso não tinha solução neste Juizado por
motivo da "incompetência material absoluta do Juizado Especial Cível –
Necessidade de prova técnica." Seu Gregório: o que é isto?
Ou o
telefone funciona ou não funciona!
Basta apertar o botão de ligar. Não acendeu, não funciona. Prá que prova técnica
melhor?

Disse mais a Siemens: "o vício causado por oxidação decorre do
mau uso do produto".

Seu Gregório: ora, o
telefone é novinho e foi usado apenas
para falar.
Para outros usos,tenho outras ferramentas. Como pode um
telefone comprado na Insinuante
apresentar defeito sem solução depois de dois meses de uso? Certamente não foi
usado material de primeira.
Um artesão sabe bem disso.

O que também
não pode entender um marceneiro é como pode a Siemens contratar um escritório de
advocacia de São Paulo, por pouco
dinheiro não foi, para dizer ao Juiz do Juizado de Coité, no interior da Bahia,
que não vai pagar um telefone que
custou cento e setenta e quatro reais? É, quem pode, pode! O advogado gastou dez
folhas de papel de boa qualidade para que o Juiz dissesse que o caso não era do
Juizado ou que a culpa não era de seu cliente! Botando tudo na conta, com
certeza gastou muito mais que cento e setenta e quatro para dizer que não pagava
cento e setenta e quatro reais!
Que absurdo!

A loja Insinuante, uma
das maiores e mais famosas da Bahia, também apresentou escrito de advogado,
gastando sete folhas de papel, dizendo que o caso não era com ela por motivo de
"legitimatio ad causam", também por motivo do "vício redibitório e da
ultrapassagem do lapso temporal de 30 dias" e que o pobre do seu Gregório não
fez prova e então "allegatio et non probatio quasi non allegatio".

E
agora seu Gregório?

Doutor Juiz, disse Seu Gregório,
a minha prova é o telefone que passo
às suas mãos! Comprei, paguei, usei poucos dias, está novinho e não funciona
mais!
Pode ligar o aparelho que não acende nada! Aliás, Doutor, não quero
mais saber de telefone celular, quero
apenas meu dinheiro de volta e pronto!

Diz a Lei que no Juizado não
precisa advogado para causas como esta.
Não entende seu Gregório porque tanta
confusão e tanto palavreado difícil por causa de um celular de cento e setenta e
quatro reais, se às vezes a própria Insinuante faz propaganda do tipo: "leve
dois e pague um!" Não se importou muito seu Gregório com asituação: um
marceneironão dá valor ao que não entende! Se não teve solução na amizade,
Justiça é para isso mesmo!

Está certo Seu Gregório: O Juizado Especial
Cível serve exatamente para resolver problemas como o seu. Não é o caso de prova
técnica: o telefone foi apresentado
ainda na caixa, sem um pequeno arranhão e não funciona.
Isto é o
bastante!
Também não pode dizer que Seu Gregório não tomou a providência
correta, pois procurou a loja e encaminhou o telefone à assistência técnica. Alegou e
provou!

Além de tudo, não fizeram prova de que o telefone funciona ou de que Seu Gregório tivesse
usado o aparelho como ferramenta de sua marcenaria. Se é feito para falar, tem
que falar!
Pois é Seu Gregório, o senhor tem razão e a Justiça vai mandar,
como de fato está mandando, a Loja Insinuante lhe devolver o dinheiro com juros
legais e correção monetária, pois não cumpriu com sua obrigação de bom vendedor.

Também, Seu Gregório, para que o Senhor não se desanime com as
facilidades dos tempos modernos, continue falando com seus clientes e porque
sofreu tantos dissabores com seu celular, a Justiça vai mandar, como de fato
está mandando, que a fábrica Siemens lhe entregue, no prazo de 10 dias, outro
aparelho igualzinho ao seu. Novo e funcionando! Se não cumprirem com a ordem do
Juiz, vão pagar uma multa de cem reais por dia!

Por fim, Seu Gregório, a
Justiça vai dizer à assistência técnica, como de fato está dizendo, que seu
papel é consertar com competência os aparelhos que apresentarem defeito e que,
por enquanto, não lhe deve nada.

À Justiça ninguém vai pagar nada. Sua
obrigação é fazer Justiça!

A Secretaria vai mandar uma cópia para
todos.

Como não temos Jornal próprio para publicar, mande pelo correio ou
por Oficial de Justiça.

Se alguém não ficou satisfeito e quiser recorrer,
fique ciente que agora a Justiça vai cobrar.

Depois de tudo cumprido,
pode a Secretaria guardar bem guardado o processo!

Por último, Seu
Gregório, os Doutores advogados vão dizer que o Juiz decidiu "extra petita",
quer dizer, mais do que o Senhor pediu e também que a decisão não preenche os
requisitos legais. Não se incomode. Na verdade, para ser mais justa, deveria
também condenar na indenização pelo dano moral, quer dizer, a vergonha que o
senhor sentiu, e no lucro cessante, quer dizer, pagar o que o Senhor deixou de ganhar.

No
mais, é uma sentença para ser lida e entendida por um
marceneiro.

Conceição do Coité, Bahia, 21 de setembro de 2005 Gerivaldo
Alves Neiva, Juiz de Direito

Categorias:Pense Direito